segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O bravo sipaio (1) landim, tropa de choque do exército africano português

Foto de Nova Portugalidade.

Garbosos, disciplinados e ferozes em combate, os sipaios landins foram durante décadas a espinha dorsal do exército da África Oriental portuguesa, prestando serviço nas terras do Índico português, mas igualmente nas parcelas asiáticas do Império. Os landins eram os vátuas, outrora destemidos guerreiros que serviram Gungunhana com lealdade no decurso das guerras contra o exército português. Após a rendição do grande chefe negro, os guerreiros landins prestaram voto de lealdade ao Rei de Portugal, constituindo-se em unidades de infantaria com funções de policiamento.

No decurso da Grande Guerra, lutaram ombro a ombro com as unidades do corpo expedicionário enviado a Moçambique para combater os alemães no norte do território e no Tanganica, então colónia alemã, dando provas de grande coragem e destemor. Depois, os landins passaram a polícias adstritos à rede administrativa colonial e a guarda dos mais importantes quadros coloniais, nomeadamente os governadores de distrito e o Governador-Geral de Moçambique.

MCB

(1) Sipaio (ou cipaio) vem de sepoy, palavra oriunda do persa sepāhī que significa soldado de infantaria.

Foto: Sipaio landim. NP agradece a António Botelho de Mello.

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