sexta-feira, 31 de março de 2017

D. Carlos I e o Projecto de Renascimento de Portugal



‘El-Rei Dom Carlos levantara-nos no conceito do estrangeiro, com a obra pessoal da sua política internacional; o exército estava a cobrir-se de glória; a vida pública, ao seu desaparecimento estava olhando por ela, com um escrúpulo, uma devoção, um entusiasmo de grandeza moral que, para poder exigir civismo aos outros, foi o primeiro a submeter a sua majestática figura a debate de que a sua consciência não se assustava, mas que lisonjeavam a sinceridade com que adoptara a última fase do seu reinado – trabalhava como um pioneiro!
Nesse curto reinado de D. Carlos galgou-se dos abatimentos da decadência às cumeadas do renascimento!’
– António Coelho Vasconcellos Porto, Ministro da Guerra D’El-Rei D. Carlos I (1908) in ‘A Marcha Para O Renascimento – El-Rei D. Carlos e o seu Reinado’

quarta-feira, 29 de março de 2017

Semana Santa 2017 - Sardoal



• Organizado pela Paróquia de Santiago e São Mateus, Santa Casa da Misericórdia e Irmandades

Abril

Sábado, 1
A partir das 10 horas – Reconciliação 
12 horas - Celebração da Eucaristia (Oficio pelos Defuntos)

Domingo, 2
15 horas - Celebração da Eucaristia
Procissão dos Passos do Senhor
(A cargo da Irmandade da Vera Cruz – Sermão do Encontro e Sermão do Calvário)

Domingo, 9
15 horas – Bênção e Procissão dos Ramos
(Saída da Capela do Espírito Santo para a Igreja Matriz)
Celebração da Eucaristia – Leitura da Paixão

Quinta-feira Santa, 13
19h30m – Celebração da Missa Vespertina da Ceia do Senhor 
(Igreja Matriz)
Cerimónia do Lava-pés e Trasladação do Senhor
Adoração com a participação dos Irmãos da Irmandade do Santíssimo Sacramento

21h30m – Procissão do Senhor da Misericórdia (ou Fogaréus)
Sermão do Mandato
(a cargo da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, na Igreja do Convento)
Esta Procissão que sai da Igreja da Misericórdia, é feita à luz de velas, archotes e candeeiros com a eletricidade da rede pública desligada.

Sexta-feira Santa, 14
17 horas – Celebração da Paixão do Senhor
Adoração da Cruz

18h30m – Procissão do Enterro do Senhor
Sermão da Soledade (Enterro)
(Irmandade da Vera Cruz e Santíssimo Sacramento)

Sábado Santo, 15
20 horas – Celebração da Vigília Pascal, Bênção do Lume Novo, Liturgia da Palavra, Liturgia batismal (Bênção da Água, Renovação das Promessas do Batismo)
(Irmandade do Santíssimo Sacramento)

Domingo de Páscoa, 16
10 horas – Procissão – Anúncio Solene da Ressurreição do Senhor
Celebração da Eucaristia – Dia da Ressurreição do Senhor


Mais informações:

terça-feira, 28 de março de 2017

SAR, A Senhora D. Isabel de Bragança presente num almoço de mulheres promovido pela Dra. Assunção Cristas


ASSUNÇÃO CRISTAS PROMOVE CONVERSAS NO FEMININO EM ALMOÇO DE MULHERES

Nessa data assinalava-se o Dia da Mulher e Assunção Cristas não quis perder a oportunidade de promover uma conversa entre cerca de 30 mulheres com influência nas mais diversas áreas de actividade da sociedade portuguesa. “Achei que era uma boa maneira comemorar este dia, convidar mulheres que se destacaram, que se notabilizaram nas suas diversas áreas, para conversarem um bocadinho sobre a realidade lisboeta”, explicou a líder do CDS-PP antes de ter início o almoço, que decorreu no restaurante Zambeze, em Lisboa, e no qual foi debatida a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. É importante relembrar que, apesar de teremos conseguido muitas coisas, ainda há um longo caminho pela frente para percorrer. Temos que saber que a mulher e o homem se complementam. Não há uma luta, há um trabalho de equipa. Devemos lutar pela dignidade e pela posição da mulher na sociedade, mas não fazer disso uma batalha ou entrar por caminhos negativos”, afirmou, na ocasião, D. Isabel de Bragança. Uma opinião partilhada por Luísa Castel-Branco“Ainda falta fazer muita coisa e vamos só falar de Portugal... Falta ser obrigatório as mulheres ganharem o mesmo que os homens, haver o mesmo respeito, às vezes em pequenas coisas. Quando ouço que o marido ajudou em casa, isto não é ajuda, é partilha. A boa notícia é que as novas gerações têm uma postura francamente diferente”, sublinhou a jornalista e comentadora da SIC CARAS.











Fonte: Caras

segunda-feira, 27 de março de 2017

Eutanásia, aborto e pena de morte

Há quem afirme que é uma contradição, senão mesmo uma hipocrisia, que a Igreja Católica proíba a eutanásia e o aborto voluntário, mas permita a pena de morte, como efectivamente faz o Catecismo da Igreja Católica.

A contradição é apenas aparente porque, como é óbvio, não se pode comparar a vida humana inocente, a que se põe termo pelo aborto e pela eutanásia, com a vida do injusto agressor, quando a sua eliminação é necessária para a legítima defesa do indivíduo inocente, ou da sociedade. Quem aborta, ou pratica a eutanásia, mata um ser humano inofensivo, mas no caso da legítima defesa, da guerra justa ou da aplicação da pena de morte, age-se sempre em defesa pessoal ou social, contra alguém cuja agressão não pode ser evitada de outra forma. Quem, para se defender, abate um injusto agressor, em sentido ético e jurídico não mata, embora cause a morte do autor da agressão.

Esta distinção é essencial para compreender que não há contradição em condenar o aborto e a eutanásia e permitir, mas só em casos muito excepcionais, a pena de morte.
   
Na versão original do Catecismo, lia-se: “reconhece-se aos detentores da autoridade pública o direito e a obrigação de castigar com penas proporcionadas à gravidade do delito, incluindo a pena de morte em casos de extrema gravidade, se outros processos não bastarem” (CIC,1993, nº 2266). Acrescentava-se contudo que “Na medida em que outros processos, que não a pena de morte e as operações militares, bastarem para defender as vidas humanas contra o agressor e para proteger a paz pública, tais processos não sangrentos devem preferir-se” (CIC, 1993, nº 2267).

Já então se afirmava, expressamente, que a pena de morte só poderia ser legítima “em casos de extrema gravidade” e apenas “se outros processos não bastarem”. Não obstante, muitos fiéis consideraram inadequados estes termos pelo que, na edição seguinte, a pena de morte só é permitida em casos tão excepcionais que, de facto, é praticamente abolida: “a doutrina tradicional da Igreja, desde que não haja a mínima dúvida acerca da identidade e da responsabilidade do culpado, não exclui o recurso à pena de morte, se for esta a única solução possível para defender eficazmente vidas humanas de um injusto agressor. […] Na verdade, nos nossos dias, devido às possibilidades de que dispõem os Estados para reprimir eficazmente o crime, tornando inofensivo quem o comete, sem com isso lhe retirar definitivamente a possibilidade de se redimir, os casos em que se torna absolutamente necessário suprimir o réu ‘são já muito raros, se não mesmo praticamente inexistentes’” (CIC, 1997, nº 2267).

Mas, mesmo restringindo de forma drástica os casos em que é moralmente legítima a aplicação da pena de morte, o CIC não exclui esta possibilidade. Porque o não faz?! Decerto porque, se em caso algum fosse lícita a pena de morte, também não seria eticamente aceitável causar a morte do agressor, na guerra ou em legítima defesa. Sendo lícito que a vítima de um ataque injusto se defenda, também na guerra, mesmo causando, se necessário for, a morte do inimigo, também tem de ser admissível, mas só como último recurso, a pena de morte.

Portugal muito justamente se orgulha de ter sido pioneiro na abolição da pena de morte que, lamentavelmente, ainda vigora em muitos países do mundo. Os fiéis católicos podem ser, a título pessoal, contra a pena de morte, mas também a seu favor, ainda que apenas nas condições que a Igreja exige para que seja moralmente lícita. Também podem optar por não pegar em armas, o que não impede que o seu uso seja eticamente legítimo numa guerra justa. E todos os fiéis, quer sejam ou não objectores de consciência, contra ou a favor da pena capital, deverão respeitar a legítima liberdade dos crentes que defendem a opinião contrária, desde que o façam de forma congruente com a doutrina social da Igreja.

Não há, portanto, contradição entre a proibição da eutanásia, gravíssimo pecado contra o quinto mandamento da lei de Deus, e do aborto voluntário, punido com a pena canónica de excomunhão, e a admissibilidade, em teoria, da pena de morte. Mas como, na prática, os casos em que se torna absolutamente necessário suprimir o réu “são já muito raros, se não mesmo praticamente inexistentes” (S. João Paulo II, Evangelium vitae, 56), pode-se dizer que o magistério da Igreja, embora permita a pena capital em casos muito excepcionais, propugna a sua universal abolição. Com efeito, “se processos não sangrentos bastarem para defender e proteger do agressor a segurança das pessoas, a autoridade deve servir-se somente desses processos, porquanto correspondem melhor às condições concretas do bem comum e são mais consentâneos com a dignidade da pessoa humana” (CIC, nº 2267).

P. GONÇALO PORTOCARRERO DE ALMADA


domingo, 26 de março de 2017

O caso político que pode ditar o fim da República

O “Caso” político que pode vir a ter consequências catastróficas para a República Portuguesa.
Em resposta ao ex-Presidente da República, o ex-primeiro-ministro diz que a dissolução do Parlamento decidida por Sampaio não resultou de uma leitura do sentimento do povo, mas de uma “conspiração da ‘corte’ em Lisboa” onde os destinos do Portugueses são decididos por uma minoria não-eleita e promete revelar em livro o que verdadeiramente se passou na semana que condicionou a vida política da década seguinte. Em 13 anos Portugal teve a maior crise financeira, económica e política da III República e o espectro da falência eminente ainda paira com uma divida interna e externa sem precedentes.
santana-lopes_20160601
Santana deixa a entender que o Presidente foi condicionado por motivos alheios ao interesse nacional, por pessoas não eleitas, por uma minoria ,que o sistema partidário funciona de forma independente do resultado das eleições, que os Partidos gerem entre si os cargos que ocupam no País, que os detentores dos cargos têm consciência de que não governam o País e o mais grave é que tudo isto não foram especulações de um comentador mas declarações de um Primeiro Ministro de Portugal à Rádio Renascença que foram precedidas de uma corrente de inconfidências Institucionais dos detentores do mais elevado cargo político da Nação: a Presidência da República.
Semanas após o Ex Presidente Aníbal Cavaco Silva ter publicado um livro recheado de inconfidências institucionais como conversas em privado durante a presidência, envolvendo algum ódio pessoal ao primeiro ministro da altura (Sócrates), o Presidente seguinte (Jorge Sampaio) resolve publicar também um livro, onde comenta como argumento principal para a dissolução do XVI Governo Constitucional o “ter-se fartado”do Primeiro Ministro. Santana Lopes irrita-se com as declarações de Sampaio e acusa-o de subserviência à Banca ao ter demitido o Governo na sua ausência dois dias depois de uma reunião com empresários e poucos dias após a intenção do Governo em  colectar a Banca com os mesmos impostos do restante sector privado, sem qualquer motivo legitimo Constitucional facilitando a eleição de Sócrates, do Presidente Cavaco Silva  e indirectamente a falência do País.
Todos nós , portugueses, conhecemos os casos políticos, sociais e económicos que rodeiam a legislatura de Sócrates e a Magistratura de Cavaco, as suas consequências para Portugal e a falência Institucional da República em todo o processo judicial e financeiro que envolveu a intervenção do FMI, perda de soberania financeira e a quase falência do País.

sábado, 25 de março de 2017

21º Aniversário de SAR, O Senhor D. Afonso de Bragança, Príncipe da Beira



Dom Afonso de Santa Maria Miguel Gabriel Rafael de Herédia de Bragança, filho primogénito de SS.AA.RR., Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança e de Dona Isabel de Herédia de Bragança, Duquesa de Bragança, nasceu numa segunda feira, 25 de Março de 1996, às 7h38 da manhã, no Hospital da Cruz Vermelha , em Lisboa. Ostenta os títulos de Príncipe da Beira e Duque de Barcelos.


S.A.R., Dom Afonso de Bragança, ao celebrar neste dia 25 de Março o seu aniversário, enche o coração de Portugal de esperança, de alegria e de confiança num futuro promissor pela qual todos nós Portugueses sonhamos.


Desejamos ao nosso Príncipe Real, Saúde, Paz, Harmonia e muito Amor com toda a Nossa Querida Família Real, no mais belo exemplo de União e Tradição.


 Que Deus o guie e ilumine naquela que desejamos seja uma longa vida cheia de sucesso.


VIVA SUA ALTEZA REAL DOM AFONSO, PRÍNCIPE REAL!

VIVA A FAMÌLIA REAL!

VIVA PORTUGAL!

sexta-feira, 24 de março de 2017

A Democracia Coroada



É em Monarquia que a Democracia se realiza mais intensa e profundamente.
De resto, 7 dos 10 Países com Maior Índice de Democracia são Monarquias Constitucionais, com a Noruega em 1.º lugar, seguida da Suécia em 2.º, a Nova Zelândia em 4.º e da Dinamarca em 5.º – só para citar alguns exemplos.
Já das 135 repúblicas que existem no Mundo, apenas 53 são democracias, pelo que república está muito longe de ser sinónimo de democracia.
Assim, a Monarquia como se pode verificar com as grandes democracias contemporâneas que adoptam como regime a Monarquia Constitucional é inteiramente conciliável com a Democracia, aliás é em Monarquia que a Democracia se aperfeiçoa, pois um Rei preserva e eleva a democracia e anula qualquer tentativa negativa de poder. Como resalvou o Imperador Austro-Húngaro Francisco José I:
‘A função do Monarca é defender o Povo dos maus políticos.’
Como expôs Sua Majestade o Rei Carlos XVI Gustavo da Suécia, num dos seus discursos:
‘A democracia e a Monarquia fortalecem-se uma com a outra, há uma colaboração estreita. A Monarquia é uma instituição estável e apolítica, vai além de todas as mudanças políticas, representa a história e a tradição’.
A sucessão hereditária não é um óbice à Democracia mas, ao invés, ainda a potencia uma vez que a sucessão hereditária garante uma legitimidade que é a independência face ao poder político que nenhum outro chefe de Estado possui.
De facto, uma coisa só é superada quando se actua de modo a que tal coisa forme com o seu contrário uma unidade: é a tese e a antítese hegeliana. Para haver uma anulação de uma força negativa política tem que haver uma força positiva capaz de a contrabalançar. Num regime político só um Rei tem essa energia e consegue de forma perfeita acentuar essa determinação positiva evitando a ascensão de ditadores.
É necessário pois, também no nosso País… Coroar a Democracia!

Miguel Villas-Boas

quinta-feira, 23 de março de 2017

Projectos de interesse Nacional e o buraco financeiro da Caixa , a importância de uma visão de longo prazo como barreira ao compadrio e a corrupção

O incómodo com o facto de a Petição para alteração do Protocolo ter atingido as 4000 assinaturas é visível entre os defensores da Instituição Republicana, mas o incómodo não explica o porquê de a Petição ter alcançado a obrigação de subir ao Parlamento para discussão e aprovação em apenas 8 dias. Em boa verdade a República tornou-se um cancro de dívidas, despotismos, processos penais e degradação das Instituições Nacionais e os governantes eleitos são os únicos que se recusam a ver a realidade.



Durante as Conferências “O Renascer do Poder Local”, organizadas pelo Instituto de Democracia Portuguesa em Mirandela (IDP) a 1 de Dezembro de 2011, Dom Duarte de Bragança alertou que a democracia não são apenas direitos têm também deveres. Apontou a urgência de uma maior proximidade entre a Assembleia da República e as populações. O alerta de D. Duarte com 6 anos não podia ser mais premonitório , o mais recente escândalo que atinge o ultimo reduto de soberania financeira nacional (Caixa Geral de Depósitos) revela tudo o que tem corrido mal na governação em Democracia. A predominância do caciquismo e da corrupção Institucional sobre aquilo que deveria ser o Interesse Comum da Comunidade, a única proximidade que existe é entre o Poder eleito e os poderes instalados.
images
O grande preconceito que envolve a convivência entre as Instituições da República e a Casa Real Portuguesa pode-se resumir à incompatibilidade entre diferentes visões do que deveria ser a Sociedade politicamente organizada e a mais recente Petição para alterar o Protocolo de Estado veio apenas reforçar o incómodo com que a República encara a existência de uma Instituição que permanece como permanente crítica aos governantes eleitos após a Implantação da República. A revolução de 1910 não foi uma revolução de mentalidades mas um retrocesso ao caciquismo do Antigo Regime que vai ganhando novas camadas de despotismo a cada decisão tomada sem qualquer debate, como a mais recente proposta de eleição directa para Áreas Metropolitanas .

quarta-feira, 22 de março de 2017

HOMENAGENS MERECIDAS!



“Aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando”
Camões, Lusíadas, Canto I, 2

                No passado dia 23 de Fevereiro decorreu no Salão “Portugal” da Sociedade de Geografia de Lisboa (SGL) – local de tantos e notáveis eventos – uma justíssima homenagem pública, a D. Isabel Manuela Teixeira Bandeira de Mello Rilvas e às enfermeiras paraquedistas da Força Aérea Portuguesa.
                Esta homenagem ainda em vida das homenageadas (como deve ser), foi promovida pela Sociedade Histórica para a Independência de Portugal (SHIP), através do seu “Instituto” Bartolomeu de Gusmão, nome que bem melhor serviria para substituir aquele do aeroporto até há pouco conhecido como da Portela.
                A homenagem a que muito diligente e honrosamente se associou a SGL culminou com um jantar no Salão Nobre do Palácio dos Almadas, aquele onde reuniam os conjurados que resgataram, não só a independência de Portugal, em 1640, como outrossim, a Honra da Nação.
                Não podia a homenagem ter-se realizado em melhores locais, pois são “chãos sagrados” da nacionalidade portuguesa.
                Estão pois, de parabéns, estas duas vetustas e patrióticas Instituições criadas no século XIX, e que tão relevantes serviços têm prestado ao país. [1]
                Porque se fez esta homenagem?
                Por uma simples razão: as senhoras mereciam-na!
                Isabel Rilvas já tinha sido objecto de uma homenagem, em 15/2/2014, efectuada pela Força Aérea Portuguesa, no Museu do Ar, tendo sido condecorada com a Medalha de Mérito Aeronáutico de 1ª classe.
Por seu lado as Enfermeiras Paraquedistas foram exaltadas por aquele Ramo das Forças Armadas, em 7/12/2011, numa pequena cerimónia no EMFA, antecedida de uma missa na Igreja da Força Aérea e seguida de um almoço na Messe de Monsanto; e louvadas pelo Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, em nome do Conselho de Chefes Militares, em 4/6/2015.
               A Comissão Organizadora da Homenagem Nacional aos Combatentes, também decidiu distinguir estas excelentes militares, no ano de 2015, na cerimónia que realiza anualmente a 10 de Junho, junto ao Monumento aos Mortos do Ultramar, em Pedrouços. [2]
                A D. Isabel Rilvas, “Isabelinha”, como é conhecida é uma notável mulher portuguesa, nascida em 1935, com uma vida cheia e um curriculum extenso.
                Distinguiu-se entre os seus, não só por ser moralmente sã, mas por ter sido desde muito nova uma mulher corajosa, determinada e empreendedora. [3]
                Notabilizou -se em campos onde, à época, não era fácil a uma mulher fazê-lo, como seja no âmbito aeronáutico, onde pode exibir credenciais únicas e pioneiras.
                Destaco: obteve o brevet de Piloto Particular de Aviões, nº 945 em 28/8/1954, no Aero - Clube de Portugal, tendo participado em numerosas actividades e obtido vários prémios de que se destaca, o 2º lugar no primeiro campeonato nacional de acrobacia aérea, em 1959, onde foi a única mulher a participar; foi a segunda mulher portuguesa a ter o brevet de voo sem motor, em 1955, tendo batido o record de permanência no ar, em 1960, com 01:15’; obteve o brevet de paraquedista no Centro Nacional de Biscarrose, França, em 4/7/1956; foi a primeira paraquedista civil portuguesa a saltar em Portugal, em 16/1/1957, em Tancos; também a 1ª paraquedista mulher na Península Ibérica e o primeiro português a saltar em Angola e Moçambique (incluindo militares). Fez um total de 142 saltos.
                Ainda no âmbito aeronáutico, foi o primeiro português a obter o brevet de piloto de balão de ar quente, nos EUA, em 10/3/1981.
                Depois – o que configura um espírito de iniciativa invulgar – tendo sido embaixatriz, por via do seu casamento de 28 anos com o embaixador Leonardo Matias, de quem teve três filhos, Isabel Rilvas fundou a Associação das Mulheres dos Diplomatas Portugueses, em 30/6/1982, quando só havia quatro associações desse género em todo o mundo. É membro de muitas outras associações e em diferentes âmbitos.
                Desde muito nova que participou e participa em várias instituições de assistência social, não só fazendo parte dos seus quadros, mas também em trabalho voluntário.
                Foi, em súmula, e creio que ainda é, uma apaixonada pela causa do Ar, pela intervenção cívica, pela assistência aos mais desfavorecidos; pelos laços familiares, tudo envolvido na Fé Cristã que a assola e na ideia monárquica que a entranha.
                Foi ela, ainda que, inspirada num exemplo colhido em França, propôs ao então Subsecretário de Estado da Aeronáutica, em 1956, a criação de um corpo de enfermeiras paraquedistas a ser incluído no então Batalhão de Caçadores Paraquedistas – notável corpo de tropas, em boa hora criado, em 1955 – e que viriam a participar nas operações de contra subversão e contra guerrilha, desencadeadas em Angola a partir do bárbaro ataque ocorrido em 15 de Março de 1961, efectuado por uma verdadeira horda de assassinos desvairados, alimentados do exterior por organizações e governos inimigos de Portugal.
                Este corpo de enfermeiras militares paraquedistas constituiu, na altura, uma verdadeira inovação e surpresa, tendo sido aprovado pelo Chefe do Governo, Professor Doutor António de Oliveira Salazar, que com esse gesto confirmou, se tal fosse ainda necessário, a sua classe como estadista e homem de alma grande e visão larga.
                A criação e actuação das enfermeiras paraquedistas – esses “anjos que desciam do Céu” como passaram a ser conhecidas - revelou-se notabilíssima e heroica, tendo a sua acção sido alargada ao Estado da Índia, à Guiné, Moçambique e por último a Timor.
                O 1º curso teve lugar em 6 de Junho de 1961, tendo sido brevetadas 6 das 11 que se voluntariaram, em 8 de Agosto. De notar que todas provinham de escolas de religiosas, que davam cursos de enfermagem.[4]
Em 12 de Outubro de 1961, chegaram a Luanda, capital de Angola (nossa!), onde decorriam extensas operações militares.
                Seguiram-se mais oito cursos, tendo sido brevetadas 46 “Marias” das quais uma ficou ferida e outra morreu em operações. [5]
                As Forças Armadas e a Nação muito lhes devem.
                                                                               *****
                Esta homenagem – feita apenas a mulheres, unicamente por homens, que não precisam de pedir licença a feminismos serôdios e escalavrados – é ainda especial pois venceu um arreigado hábito em Portugal de só dar valor às pessoas, depois destas desaparecerem do número dos vivos (mesmo assim muitos notáveis nacionais estão injustiçados e outros mal avaliados) o que, por norma, ocorre por descaso, inveja ou questões ideológicas.
                Foi ainda feita por iniciativa de alguns cidadãos associados em duas instituições, também elas oriundas de iniciativas privadas, com créditos firmados, homenagem que foi organizada sem recorrer aos serviços do Estado com a honrosa excepção de material cedido graciosamente pela Força Aérea Portuguesa cujo Chefe de Estado-Maior se fez representar na cerimónia.
                Finalmente esta homenagem foi um sopro de ar fresco e saudável, não poluído pelos actos contumazes da baixa política partidária; de ideologias desnacionalizantes; pela corrupção dos negócios e do relativismo moral, sem vergonha, que avassala a desmoralizada sociedade portuguesa.
                É por isso, um marco de afirmação cívica, exaltação moral e exemplo para os vindouros.
                É uma vitória da virtude sobre o vício, da verdade sobre a mentira e do Bem sobre o Mal.
                Representou um lenitivo que alimenta a alma da Pátria Portuguesa que é o alimento do nosso espírito e o penhor do nosso futuro.
                Bem andaram.
                Em continência perfilo-me perante o exemplo destas minhas compatriotas.


                                                  João José Brandão Ferreira
                                                    Oficial Piloto Aviador

               


[1] A SHIP foi fundada em 1861 e a SGL,em1875.
[2] Note-se que estas homenagens só ocorreram cerca de 40 anos depois, do fim do conflito militar onde se notabilizaram…
Uma pequena distinção já tinha sido efectuada em 2006, pelo CEMFA de então; Uma outra homenagem foi feita num evento patrocinado pela Camara Municipal de Fafe, em Março de 2016.
[3] Não vamos dissecar o seu curriculum pois não é esse o objectivo deste escrito.
[4] A Escola das Franciscanas Missionárias de Maria e a Escola das Irmãs de S. Vicente de Paula.
[5] O último curso terminou a 25 de Agosto de 1974.


Fonte: O Adamastor

terça-feira, 21 de março de 2017

Inclusão do Duque de Bragança na Lei do Protocolo do Estado - Apoie esta Petição. Assine e divulgue.



O Duque de Bragança, D. Duarte Pio, enquanto descendente e representante dos Reis de Portugal, é regularmente convidado a participar em eventos oficiais, sendo-lhe habitualmente conferido um tratamento de particular respeito, apesar de isso não estar previsto no protocolo do Estado. 

Propomos incluir esta realidade na Lei do Protocolo, a exemplo do que já acontece com as altas entidades estrangeiras, diplomáticas, religiosas, universitárias e parceiros sociais. O relacionamento protocolar devido ao Duque de Bragança deverá ser especificado na Lei nº 40/2006 de 25 de Agosto – “Lei das Precedências do Protocolo do Estado Português”, acrescentando um novo Artigo 34º: 

"1 - O chefe da Casa de Bragança, quando convidado para cerimónias oficiais, deverá ser tratado como convidado especial da entidade que tiver, por virtude da mais alta precedência protocolar, a presidência. 
2 – Ao cônjuge do chefe da Casa de Bragança é atribuído lugar equiparado ao mesmo, quando esteja a acompanhá-lo." 


50 personalidades que apoiam esta petição (ordem alfabética): 


Abel Baptista - Deputado (CDS-PP, até 2016) 
Adalberto Neiva de Oliveira - Empresário 
António Carmona Rodrigues - Ministro (até 2004), Presidente Câmara Lisboa (até 2007) 
António Ferreira dos Santos - Fundador e dirigente Partido PAN 
António Lobo Xavier - Deputado (CDS-PP, até 1995) 
António Pinheiro Torres - Deputado (PSD, até 2005) 
António Sousa Cardoso - Presidente da Causa Real 
Arlindo Cunha - Ministro (até 2004) 
Augusto Ferreira do Amaral - Deputado e Ministro (até 1981) 
Augusto Oliveira Domingues - Presidente Câmara Monção 
Cristiano Van Zeller - Empresário 
Diogo Feio - Deputado (CDS-PP, até 2009), deputado europeu (até 2014) 
Eduardo Cintra Torres - Professor Universitário, jornalista 
Emídio Sousa - Presidente Câmara Feira 
Filipe Anacoreta Correia - Deputado (CDS-PP) 
Francisco Calheiros - Dirigente Associativo 
Francisco Rodrigues dos Santos - Presidente da Juventude Popular 
Helder Esménio - Presidente Câmara Salvaterra de Magos 
Hélio Loureiro - Chefe de Cozinha 
Henrique Raposo - Escritor 
Ilda Araújo Novo - Deputada (CDS-PP) 
Jaime Nogueira Pinto - Jornalista, escritor 
João Rocha Páris - Embaixador 
José Adelino Maltez - Professor Universitário 
José Alarcão Troni - Secretário de Estado (até 1992), Professor Universitário 
José Luís Nogueira de Brito - Deputado (CDS-PP, até 1995) 
José Manuel Cardoso da Costa - Presidente do Tribunal Constitucional (até 2003) 
José Manuel Carpinteira - Deputado (PS) 
José Mendes Bota - Deputado (até 2015), ex-deputado europeu 
José Ribau Esteves - Presidente Câmara Aveiro 
José Veiga Maltez - Presidente Câmara Golegã (até 2013) 
Katty Xiomara - Estilista de moda 
Leonor Ribeiro da Silva - Porta-voz do presidente da Comissão Europeia (até 2014) 
Luís Ceia - Dirigente Associativo 
Luís Valente de Oliveira - Ministro (até 2013), Presidente da Casa da Música 
Manuel Braga da Cruz - Reitor de Universidade (até 2012) 
Manuel Serrão - Jornalista, empresário 
Miguel Alves - Presidente Câmara Caminha 
Miguel Esteves Cardoso - Jornalista, escritor 
Mendo Castro Henriques - Professor Universitário 
Nuno Melo - Deputado ao Parlamento Europeu 
Paulo Azevedo - Empresário 
Paulo Teixeira Pinto - Secretário de Estado (até 1992), empresário 
Pedro Ferraz da Costa - Presidente do Forum para a Competitividade 
Pedro Machado - Presidente Entidade Geral Turismo do Centro 
Pedro Mota Soares - Deputado (CDS-PP), Ministro (até 2015) 
Pedro Quartin Graça - Deputado (PSD, até 2009), Presidente Partido da Terra (até 2011) 
Ricardo Figueiredo - Presidente Câmara São João da Madeira 
Rui Medinas Duarte - Presidente Câmara Golegã 
Rui Moreira - Presidente Câmara Porto 
Rui Zink - Professor Universitário, escritor 
Salvador Guedes - Empresário 
Salvador Malheiro - Presidente Câmara Ovar 
Telmo Correia - Deputado (CDS-PP) 
Tomás Moreira - Dirigente Associativo

segunda-feira, 20 de março de 2017

República, o regime que dividiu Portugal

“Gavar os homens, e cavaleiros que tiverem bons procedimentos, diante de gente, e os que tiverem préstimo para a República e mostrar aborrecimento às coisas a ela prejudiciais” 
El Rei D. Sebastião in Máximas


A família real está no caminho de qualquer demagogo assumir todo o Estado

Fora dos países com monarquias constitucionais o valor da existência do Monarca para a sociedade raramente é debatido, em Portugal monárquicos e republicanos continuam a afiar seus argumentos, embora a Instituição Monárquica goze de apoio sólido entre os povos europeus e em países considerados modelos sociais a seguir.
d-sebastiao-para-tirar-selfie-fotos
O lançamento de uma petição para corrigir o estatuto histórico da Casa Real Portuguesa na lista de procedimentos do Estado veio relançar a velha discussão entre República e Monarquia , não sendo esse o propósito da petição é impossível evitar as ondas de choque da velha temática política do século XIX : de um lado, os chamados “monárquicos” e, do outro, os chamados “republicanos”. Os primeiros diziam defender o Rei, os segundos defender a Res publica e assim o Liberalismo importado de Inglaterra lançava um equívoco histórico sem precedentes no seio da cultura política portuguesa .
Não existem monárquicos ou republicanos, existem Portugueses !
O equívoco da Revolução Liberal instalava um pernicioso divórcio: Os monárquicos argumentam que a monarquia simboliza valores profundamente enraizados que vão além da moda social e política, os republicanos contestam que um governante hereditário faz tanto sentido como um dentista hereditário e que a monarquia nos aprisiona como sujeitos, consagra a desigualdade e que devemos ter o poder de escolher nosso chefe de Estado.
O Parlamento (Orgão de Soberania legislador) existe, com assento dos representantes do Povo, desde D Afonso III e nenhuma destas facções leu o documento fundador da Revolução de 1640 que deu início à Dinastia de Bragança :
o poder dos reis está originariamente nos povos e nas repúblicas, que delas o recebem por forma imediata.”in Justa Aclamação de D. João IV, por Vaz de Gouveia
Um Regime que usa a História de 22 gerações de portugueses para autopromoção dos partidos da República e seus agentes , não é mais do que um desvio pernicioso que tenderá a hipotecar tudo e todos em nome de uma Utopia que só serve os interesses da minoria instalada no Poder.