quinta-feira, 31 de março de 2011

Le prince Charles rencontre le duc et la duchesse de Bragance

Au Palais de Montserrat à Sintra, le prince de Galles a rencontré le duc et la duchesse de Bragance. Dom Duarte et son épouse Isabel assistaient également au dîner au Palais de Queluz.

Fonte:
Noblesse & Royautés

SAR D. Duarte de Bragança apresenta Jack Soifer


Apresentação de “Como Sair da Crise - Baixo Tejo e Beiras”,”Como Sair da Crise - Centro”, “O Futuro do Turismo”. 31 de Março às 18h30 na FNAC Chiado

Fonte: Instituto da Democracia Portuguesa

quarta-feira, 30 de março de 2011

A Biblioteca Nacional do Brasil lança o site D. João VI: o papel de um legado.

A Coordenadoria de Pesquisa e a Coordenadoria de Informação Bibliográfica estão lançando o site D. João VI: o papel de um legado.

O projecto possibilita o acesso remoto dos visitantes à versão virtual da exposição homónima, que foi hospedada no Centro Cultural da Justiça Federal na época das comemorações dos 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro. Além da exposição virtual, guiada por módulos explicativos divididos por critérios temáticos e cronológicos, o site disponibiliza ao internauta uma vasta selecção de documentos relativos ao período joanino.

A estrutura do site, os textos e a selecção de documentos baseiam-se no guia de fontes D. João VI: um legado em papel, lançado pela coordenação Geral de Pesquisa e Editoração. Esta publicação, que também está disponível para download no site, tem como objectivo auxiliar o pesquisador na busca de documentos relativos ao tema pertencentes ao acervo da Fundação Biblioteca Nacional.

Para a construção do site, foram digitalizados cerca de 120 documentos na íntegra, totalizando mais de 1500 páginas, destacando-se livros raros, manuscritos, gravuras, desenhos, jornais, mapas, documentos legislativos e administrativos, entre outros.

O projecto tem como curadores os professores convidados Ismênia Martins e Vitor Fonseca, da Universidade Federal Fluminense, e conta com o apoio e a colaboração de todos os sectores de acervo da FBN.

Para visitá-lo, é só acessar o endereço http://bndigital.bn.br/expo/djoaovi/


SOBRE O PROJECTO: D. JOÃO VI E A BIBLIOTECA NACIONAL

O papel de um legado

Em Novembro de 1807, a família real portuguesa embarcava para o Brasil como estratégia para escapar da invasão napoleónica e manter o governo do império colonial português. Na bagagem, constavam os bens considerados mais importantes para a monarquia: documentos relativos à administração real, equipamentos necessários para a mesma actividade e o que era considerado tesouro real ou do Estado – ouro, jóias, tapeçarias, alfaias em geral e, também, a Biblioteca dos Reis.

A dramática e confusa saída da Corte fez com que a Biblioteca, já embalada para o transporte, fosse esquecida no cais. Somente em 1810, seus "caixões" começaram a chegar ao Rio de Janeiro, o que se estendeu em mais duas levas, até o ano seguinte.

Inicialmente, o acervo foi depositado no andar superior do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, mas sendo essas instalações consideradas inadequadas, foi transferido, atendendo ao disposto no decreto de 29 de Outubro de 1810, para as catacumbas do Convento do Carmo. Essa data passou a ser considerada a de fundação da Biblioteca Nacional, que atendia pesquisadores devidamente autorizados pelo príncipe regente. Quatro anos mais tarde, ela seria franqueada ao público em geral.

A Biblioteca Real, ainda em Portugal, sempre foi vista como motivo de orgulho pela monarquia, sendo reconhecida pelos sábios como uma das mais preciosas da Europa. O terremoto de Lisboa, em 1755, destruiu seu acervo, cuja reunião fora começada por outro João, o I – o "da boa memória" (1385-1433). Entre as tarefas de reconstrução que então se impunham, a recomposição da Biblioteca foi prioritária.

A nova colecção foi montada com recurso a compras, doações e oportunas tomadias. No início do século XIX, aproximava-se, em termos quantitativos, dos 70.000 itens que possuía antes de 1755, entre manuscritos raros, incunábulos, livros, gravuras, mapas, moedas etc.

No Brasil, seu conjunto continuou crescendo, tanto por doações, como a da colecção de frei José Mariano da Conceição Veloso, especializado em Botânica (1811), quanto por compras, como a do acervo do jurista Manuel Inácio da Silva Alvarenga (1815), da colecção de papéis e gravuras do arquitecto José da Costa e Silva (1818), e da livraria de D. António de Araújo e Azevedo, o conde da Barca (1819).

No retorno à Europa, em 1821, D. João levou apenas uma parte dos manuscritos referentes à história de Portugal. Assim, quando da negociação da independência do Brasil, a colecção foi arrolada e avaliada em termos da indemnização devida à família real portuguesa pelos bens e valores deixados no Brasil, atingindo a soma de 800 contos de réis. Seu pagamento constituiu uma parcela do empréstimo de 2 milhões de libras esterlinas com que se inaugurou a dívida externa brasileira com a Inglaterra.

O núcleo inicial, em uma parte trazido e em outra parte adquirido por D. João em terras fluminenses, é apenas uma parcela pequena do total de 9 milhões de peças (entre livros, manuscritos, periódicos, estampas, mapas, partituras etc.) que compõem actualmente seu acervo e fazem da Biblioteca Nacional uma das mais importantes do mundo.

A exposição D. João VI: o papel de um legado, inaugurada em Novembro de 2008 no Centro Cultural da Justiça Federal, é agora disponibilizada ao internauta em sua versão virtual. Apresenta peças de variadas naturezas, como documentos administrativos, mapas, livros, manuscritos e gravuras referentes ao Período Joanino que pertencem ao acervo da Biblioteca Nacional. Nosso passeio se inicia com um panorama da Colónia às vésperas da transferência da Corte, passa pelos momentos cruciais da transmigração da Corte Portuguesa em 1807-1808, retrata a sua estadia no Brasil entre 1808 e 1821 – mostrando as transformações na Cidade do Rio de Janeiro para receber os novos moradores, a fundação da imprensa e diversos órgãos administrativos, a redescoberta do Brasil por exploradores europeus das mais variadas nacionalidades – e termina novamente no cais de Belém quando, por exigência daqueles que lá ficaram, El-Rey D. João VI é obrigado a retornar. Com esta decisão, assegurou sua permanência no trono, mas não conseguiu manter a unidade do Império. Essa constatação, no entanto, não invalida sua obra. Ao contrário, fica claro que, se a origem da Biblioteca Nacional se prende à ideia de um legado de D. João, a Casa se assume e é vista, como comprovam suas colecções, o grande número de usuários que as manuseiam e o próprio crescimento constante de seu acervo, como um legado que o Brasil de hoje deixará para o mundo de amanhã – um património que o presente preserva para o futuro.

Fonte: Monarquia Já

Almoço da Real Tertúlia dia 1 na "Solmar"

Após uma ausência de três meses em terras do Brasil, Manuel Andrade Guerra, presidente do Directório da Real Tertúlia Tauromáquica D. Miguel I, acaba de convocar todos os contertulianos para um almoço de convívio informal, festejando a Primavera, no próximo dia 1 de Abril, sexta-feira, no restaurante/cervejaria "Solmar" em Lisboa, no qual, sugere o jornalista, "procuraremos, com a boa disposição habitual, esquecer por umas horas a triste situação do País que amamos, saboreando uma almoçarada ainda a preço antigo!". Vamos nisso!

Fonte: Farpas Blogue

Portugal needs its sleeping king now more than ever

guardian.co.uk, Friday 25 March 2011

The discussions had barely started on Wednesday night when the then prime minister, José Sócrates, made an abrupt exit from a crucial meeting at the Portuguese parliament, running down the stairs of the building in order to escape the reporters waiting for him at the bottom. Like everyone else in the country, the press had wanted to know why he was so disrespectful towards the representatives of the nation. The TV images of this hasty escape have already become iconic: after having his austerity package rejected, Sócrates soon announced his resignation, plunging Portugal – and Europe – deep into political crisis.

On the streets, Sócrates’s resignation was greeted with a sigh of relief. For many, the prime minister has come to embody the ills of our country and the sins of our political leaders. On 12 March, Portugal saw the largest national demonstrations in decades, when a Facebook appeal led to hundreds of thousands of people marching peacefully in Lisbon and Porto against rising unemployment and the shrinking of wages and pensions. There’s a distinct feeling of hopelessness in the air: never before has Portugal had so many unemployed. People have been leaving the country in droves, and as usual it is those we need most, the young with the best qualifications, who are at the front of the queue.

The national debt is at its highest in more than a century. The last time the country saw anything resembling economic growth was back in 2000. Everywhere there is a fear that, after a lost decade, there might come yet another. Portugal appears to be undergoing a process of economic decay. Many worry that the country will fail in its ambition to catch up with the most developed nations in Europe.

Deep down, Portugal feels it has been playing catch-up for the last two centuries. After the loss of Brazil in 1820, and the failure to follow up on the promise of the industrial revolution, intellectuals began to speak of an “under-developed” Portugal – to contrast with the developed country of the previous centuries. It was around the same time that we saw the rise of “Sebastianismo” in Portuguese culture – that is, the longing for the reawakening of a national saviour figure, as the last ruler of the “golden dynasty”, King Sebastian, had been, a sentiment kept alive by writers such as the 20th-century poet Fernando Pessoa.

For a while it looked as if the sleeping king had indeed returned. After entering the European union in 1986, several years of strong economic growth created a vision of a new and developed Portugal. That turned out to be an illusion.

Sócrates never promised to be anything like a new King Sebastian – the WikiLeaks cables paint a portrait of a leader who doesn’t like sharing power and hates negotiations. But he appeared to many at least a more pleasant option than his opponents. In the 2009 election campaign, Sócrates’s Socialist party faced a centre-right PSD party headed by an ex-finance minister known for her austerity measures, and had accordingly based their campaign on promises of increased public spending. It worked, but only just: Portugal entered the sovereign debt crisis with the only minority government in Europe.

The dust of the electoral fray had hardly settled when the Portuguese were confronted with a reality quite different from the one presented by Sócrates. The 2009 budget deficit, reported to Brussels in September as 5.6%, turned out to be 9.3%. Political moves such as the Socialist party’s decision to increase public servants’ pay and benefits had backfired.

In 2010 the government was forced to implement measures contrary to the populist promises made in the election campaign. The country endured the failure of successive plans for stability and growth, each time overtaken by a darker reality than that recognised by Sócrates. Offers of collaboration from the opposition were shunned – the picture that emerged was of a politician who is only satisfied when he sees his opponents kneeling in surrender.

The final straw came when the government was forced, after a technical visit to Portugal by the European commission and the Central Bank committee, to introduce new austerity measures. Relations had deteriorated beyond repair, not just between Sócrates and the current PSD leader, Pedro Passos Coelho, but also between prime minister, parliament and the president of the republic.

The Portuguese now live in a climate of decaying politics and growing disregard for the rules of democracy. Not only did half the voters abstain in the presidential elections in January, a serious flaw in the registration system also meant that thousands who wanted to vote couldn’t. No single politician has claimed responsibility for this. This month the press revealed the payment of €72,000 in extra fees to a minister’s wife against the advice of the civil service. Again, no one resigned.

Now the more obvious historical parallel is not the golden era, but 1890, when Portugal became the first European country to go bankrupt. As every Portuguese citizen knows, the political turmoil that followed only came to an end in 1926, with a military coup and the rise of António de Oliveira Salazar’s far-right party.

José Manuel Fernandes

Fonte: Real Associação do Baixo Alentejo

BANQUETE EM QUELUZ OFERECIDO AO PRÍNCIPE CARLOS DE INGLATERRA (28-03-2011)

Foi oferecido anteontem à noite, dia 28 ao Príncipe Carlos de Inglaterra e à Mulher, Camilla Parker-Bowles, que estão de visita oficial ao nosso país até amanhã, dia 30, um jantar de gala no Palácio de Queluz. Entre os 100 convidados deste banquete estiveram presentes personalidades de várias áreas, principalmente Suas Altezas Reais, Os Senhores Duques de Bragança, Senhor Dom Duarte e Senhora Dona Isabel, os verdadeiros anfitriões do Palácio de Queluz.

Fonte: Família Real Portuguesa

terça-feira, 29 de março de 2011

Qual o Programa Monárquico?

Insistentemente interroga-se de vários lados, até de onde menos seria de prever, sobre o programa político, económico e social da Monarquia. Pede-se a modos que a redacção de um estatuto constitucional a adoptar numa futura Restauração.

Isto revela um grande equívoco que é necessário desfazer.

O que caracteriza a forma política monárquica é confiar a chefia do Estado a uma Dinastia, na pessoa de um Rei.

A essência da Monarquia é a Realeza. É esta a sua base imutável, o seu princípio indiscutível.

Os sistemas, em seus vários aspectos, têm sido e são mutáveis e variados com os tempos. Vão evolucionando, vão-se adaptando às exigências de cada época. Nem poderia ser de outra maneira.

O sistema é, portanto, discutível, o que equivale a dizer que não há um sistema único e pré-determinado. Compete à Nação, em qualquer altura, escolhê-lo e conservá-lo ou modificá-lo, conforme as circunstâncias e o interesse comum o ditarem.

O Rei ouve a Nação e, como seu mais fiel intérprete e primeiro servidor, guarda e defende a legitimidade constitucional.

É esta uma das liberdades que a Monarquia como regime nos assegura. Só os ditadores ou os déspotas impõem um sistema segundo a sua vontade.

O Poder Real, porque é independente e superior às discussões dos sistemas, porque é estável e contínuo, permite como nenhum outro as maiores liberdades, as mais arrojadas experiências administrativas, sociais e económicas, sem prejuízo da ordem e da autoridade.

Exposta nestes termos a verdade da doutrina monárquica, compreende-se que o Rei seria a última pessoa a pronunciar-se por um determinado sistema concreto e que, nem os responsáveis pela causa monárquica, nem ninguém, podem sobrepor-se ao que é um direito inalienável da Nação.

Cada um de nós, como cidadão português, pode, e deve, naturalmente, formular as suas opiniões e pugnar por elas; o que não é lícito é identificar a Realeza com o sistema da sua preferência. O Rei é de todos, repete-se.

Numa restauração do Poder Real, só um caminho haveria a seguir: convocar Cortes Gerais, amplamente e autenticamente representativas, e adoptar-se a Constituição que nesta fosse escolhida.

Não temos, portanto, que antecipadamente falar de um sistema político, económico e social como programa de uma futura Monarquia e ainda menos como condição do Rei. Temos, sim, de reclamar o Poder Real como a mais segura fiança de um regime nacional.

Mário Saraiva, Razões Reais, Lisboa, Universitária Editora (3ª ed. revista e aumentada), 2002, p. 87.

Fonte:
Unica Semper Avis

DEUS, PÁTRIA, REI

Sem Deus e a Pátria, para a Filosofia política portuguesa, o Rei é um fantasma, uma sombra, carimbo ou chancela, títere ou absurdo. Onde falta Deus, o Rei é como uma árvore sem raíz, casa sem alicerce, poder sem legitimidade; onde falta a Pátria, o Rei não tem razão de ser, porque precisamente o conceito de Pátria é incompleto, se lhe falta aquilo que torna indispensável a existência da Realeza hereditária. Estas três verdades são irredutíveis; porque se, sem Deus, a Pátria é um mito, sem o Rei, nem o poder de Deus encontra o seu legítimo executor, no mundo da Política, nem a Pátria possui o elo que prende eficazmente, através dos tempos, as gerações, e as torna solidárias ou colaboradoras na procura normal dos seus destinos. É por isto que me oponho sempre ao lugar-comum estafado da «Pátria ao alto!», muito da predilecção de certos pataratas, e não considero doutrinariamente monárquico o que o repete e aplaude.
(...)
E rejeito o lugar-comum, não porque subalternize a Pátria, é evidente; mas porque não distingo a Pátria da Realeza, visto a Pátria portuguesa ter sido obra da Realeza hereditária. Há quem não goste de que se diga isto e de que se escreva isto. Mas os que não gostam fariam melhor se, em vez de não gostarem, estudassem a História do seu País...

ALFREDO PIMENTA (1882 — 1950)

Fonte:
Eternas Saudades do Futuro

segunda-feira, 28 de março de 2011

O tema “Monarquia”. Um tema controverso?

Muitas vezes temos o sentimento em alguns sectores, que o tema “Monarquia” é controverso, aborrece, ainda se procura convencer que “já há poucos Reis”, enfim… “é uma chatice”…

Mas a verdade é que, em primeiro lugar, há mais Repúblicas do que Monarquias no mundo, é um facto, mas as Monarquias que hoje existem são Democracias de excelências e os respectivos regimes democráticos têm demonstrado o porquê que esses mesmos Países estão no topo de vários estudos sobre o desenvolvimento humano, o nível económico e felicidade dos povos. (Poucos, mas bons, diga-se, não!)

Por outro lado, claro, temos a outra face da medalha. O “tema Monarquia” é um tema controverso, que choca com certos princípios que a doutrina republicana tem defendido com “o auge da Democracia”, o o sistema republicano tem garantido as liberdades e garantias dos cidadãos, que defende a igualdade destes perante a lei, que permite que qualquer cidadão possa chegar a Chefe de Estado, sendo possível removê-lo e substitui-lo por outro etc… Enfim, as histórias que já conhecemos.

Mas a República é, aristotelicamente falando, a gestão do Bem Comum. E para que essa gestão seja feita de uma forma transparente e responsável, de uma forma equilibrada entre os interesses partidários, por um lado, e o Interesse Nacional por outro, deve existir no topo da hierarquia do Estado alguém que supervisione, que arbitre, que não faça parte do jogo político-ideológico ou político-partidário, que “toque o sino”, se for necessário, e afirme que primeiro que tudo, primeiro que qualquer conflito político-partidário, deve estar sempre O INTERESSE NACIONAL!

Em 100 anos de regimes republicanos, “mais ou menos” democráticos, quantas vezes poderemos apontar que o Interesse Nacional esteve sempre à frente dos interesses Político-partidários? Quantas?

Quantas vezes, os Governos caíram e foram substituídos por outros Governos, que raras as vezes conseguiram capitalizar confiança pública?

Quantas vezes os Portugueses poderão dizer que se sentiram frustrados e/ou enganados, nestes 100 anos?

Quando apenas, na II República, por ter sido uma Ditadura, o Estado através do Governo de Salazar e Caetano, é que conseguiram não só saldo positivo nas contas públicas do País, como também elevado crescimento económico?

Quando a I República endividou ainda mais o país. À semelhança da actual e, espero, derradeira, III República!

Claro que, assim sendo, é normal, diria mesmo, É PERFEITAMENTE NORMAL QUE O “TEMA MONARQUIA” SEJA UM TEMA CONTROVERSO!

Porquê?

PORQUE FORAM, MEUS CAROS AMIGOS REPUBLICANOS, 100 ANOS DE FRACASSO! Dói muito. Claro que dói. Nunca nas várias épocas da História de Portugal, podemos dizer que caímos tanto no fundo, como precisamente agora neste mesmo momento, em que estamos com um Governo de Gestão, e estamos a viver, um autêntico pesadelo nacional!

É óbvio, que o tema “Monarquia” seja incomodativo. Seja controverso. Que revolte qualquer bom ou mau republicano.

Se já houvesse dúvidas sobre a continuidade deste regime podre e caduco, ontem, 23 de Março de 2011, ficou claro, de uma vez por todas, que A REPÚBLICA FRACASSOU!

E se a República fracassou, chegou a hora um novo rumo que deverá passar pela mudança na Constituição desta democracia totalitária que nos possa permitir mudar para uma Democracia Real e Universal!

David Garcia


Fonte:
Projecto Democracia Real

O PROBLEMA DOS PORTUGUESES É QUE AMOCHAM...

(Clique na imagem para ler)

Fonte:
Família Real Portuguesa

Fica a pergunta!

Nos últimos 35 anos (e só para falar em acontecimentos recentes), a República já levou Portugal à “bancarrota” por duas vezes (e parece que vem uma terceira a caminho).
Perante isto, que moral lhe assiste para falar ‘nos superiores interesses da Nação’?

Fica a pergunta!


domingo, 27 de março de 2011

A mulher rural num modelo de agricultura familiar

Os sinais de pobreza em Portugal estão muito associados ao mundo rural, onde existe uma privação de indicadores mínimos de conforto, onde os rendimentos são insuficientes em virtude da população rural possuir muito baixos níveis de qualificação profissional e onde são visíveis outros fenómenos de exclusão social associados aos movimentos migratórios da população rural, ao envelhecimento da mesma, às difíceis condições de concorrência do mercado cada vez mais competitivo e subjugado à disciplina comunitária, aos efeitos nefastos da politica de subsídios ao sector, à redução da produção num país, que vive à mercê de alimentos alheios, ao consumo desenfreado de recursos naturais para crescimento urbano e à concentração urbana e suburbana, onde tem crescido novos grupos de risco de pobreza e exclusão social.

Quando se fala em agricultura, facilmente afiguramos uma mulher com um semblante enrijecido pelo tempo, uma enxada gasta e apurada na mão e uma criança polvilhada de terra e queimada pelo sol.

A actualidade mostra-nos que esta imagem não está longe do que era há 50 anos atrás, onde uma forte persistência de uma economia camponesa, baseada na família, na pequena propriedade, nas técnicas rudimentares e sujeita a flutuações agravadas pelos maus anos agrícolas e pela elevada tendência de crescimento da taxa de natalidade, onde a emigração constituía um fenómeno social de compensação a uma economia deficitária e onde o principal destino dos movimentos migratórios era a Europa, resultaram na partida dos homens e na permanência das mulheres.

Este processo de “feminização” da agricultura iniciou-se na década de 80, onde a actividade agrícola assumia um cariz secundário, marginal e até desprestigiante. A mulher substituía a mão-de-obra masculina, desviada para outros sectores de actividade, através de uma sobrecarga de trabalho, dado que era a ela, que ficavam entregues o trabalho dos campos e os animais, para além do trabalho doméstico, dos filhos e muitas vezes dos familiares mais idosos.

São estas mulheres que por questões de ordem social e económica, viram na agricultura uma forma de enfrentar despesas, afastando-se por isso, da escola e do ensino e colocando de lado sonhos e ambições. Tendo sido esta fragilidade educativa e a ausência de infra-estruturas sociais e económicas - saneamento básico, creches, escolas, transporte públicos, centros de saúde, apoios sociais e técnicos -, na maioria dos casos, um factor imediato para o débil desenvolvimento da actividade agrícola enquanto negócio e para muitas das situações de pobreza e exclusão social da “mulher rural”.

A entrada de Portugal na Comunidade Europeia e a consequente abertura das fronteiras à livre circulação de pessoas, mercadorias e bens, a instituição da PAC (Política Agrícola Comum), a desertificação das aldeias do interior do país, resultado da emigração para outros países e o êxodo para as grandes cidades à procura de melhores condições de vida, o envelhecimento da população agrícola, activou o esgotamento do modelo de agricultura familiar tendo este deixado de ser, por si só, um meio de subsistência para muitas famílias portuguesas.

Com o início do novo milénio, e por isso mesmo, convictos de novos desafios, damos conta, afinal, de que a vida em meio rural ainda está viva e é maioritariamente feminina, e que o modelo de produção familiar é a única agricultura que mata a fome, garante a soberania alimentar, evita o êxodo rural para as cidades, que estão a tornar-se inabitáveis, e protege a harmonia essencial com a natureza.

Chegamos então ao momento de entendermos que estamos perante um novo paradigma de ruralidade, assente numa agricultura de produção e conservação, articulada com uma nova contextualização sócio-educativa, de “regresso à terra” ou à agricultura familiar, como alternativa aos caos social e económico da sociedade imperante e como meio de produção para a família e para a própria localidade, contribuindo, também, para o desenvolvimento nacional e a sustentabilidade humana.

Ser “mulher rural” não é, nem nunca foi fácil, por isso merecem elogio, admiração e muito respeito, por isso revigoro a ideia de que A MELHOR SUSTENTABILIDADE NO MUNDO É AQUELA QUE A MULHER OFERECE À HUMANIDADE ATRAVÉS DOS FILHOS QUE A IMORTALIZAM. (fonte: Boaventura Sousa Santos)

Sílvia Oliveira
(Deputada Municipal do PPM)

Fonte: PPM Braga

A Senhora Merceeira de Guimarães

Um Rei de volta para Portugal

Eu e a Sra. Merceeira nascemos depois do dia 5 de Outubro de 1910, mas ambos queremos um Rei. Eu e a Sra. Merceeira temos idades diferentes, mas ambos queremos um Rei. Eu e a Sra. Merceeira nascemos em locais muito diferentes e distantes, mas ambos queremos um Rei. Eu e a Sra. Merceeira temos experiências da vida diferentes, mas ambos queremos um Rei. Eu e a Sra. Merceeira tivemos educações diferentes, mas ambos queremos um Rei. Eu e a Sra. Merceeira vivemos do nosso trabalho em profissões diferentes, mas ambos queremos um Rei. Eu e a Sra. Merceeira fomos, como todos os portugueses, alvos do branqueamento da História e da propaganda que conduz o rebanho há já 100 anos, mas ambos nos mantivemos leais aos Reis de Portugal e dos Algarves.

Mas há uma coisa em que eu e a Sra. Merceeira fomos diferentes. Eu para ter a certeza absoluta que um Regime Monárquico é o certo para Portugal e para o seu desenvolvimento tive, desde de miúdo, de estudar, ler e aprender isso mesmo. A Sra. Merceeira chegou à mesma conclusão fazendo um percurso muito mais estreito, captando um aspecto objectivamente mais simples: os valores da instituição monárquica são ancestrais e não pairam apenas nos livros. Estão ligados aos costumes e tradições mais profundos do nosso povo (que somos todos nós) e são com estes que o futuro se alcança...que se alcança o progresso. Acreditando em nós novamente e no azul e branco que é a nossa verdadeira identidade. Não é toa que foram duas repúblicas a tombarem perante o FMI e a 3.ª que se aproxima da queda é a portuguesa. No Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e no Índice de Democracia, os respectivos tops 10 são liderados por Monarquias. Na crise do Médio Oriente estão a cair as repúblicas e não as Monarquias. A república Norte Americana está falida.

Foi tudo isto que a Sra. Merceeira percebeu de uma forma muito mais intuitiva que eu, por isso, e com saudável desprendimento, ergueu a verdadeira bandeira de Portugal na entrada da sua mercearia para felicitar o herdeiro ao trono de Portugal e descendente dos Reis de Portugal, a quem lhe reconhece, como eu, legitimidade para lhe representar enquanto portuguesa.

Foto - Netcafé Monarquia Moderna (Joana D. Pereira), tirada a 5-10-2010.

PPA

Fonte: A Incúria da Loja

OURÉM RECONSTITUI A VIA SACRA

Entre os próximos dias 17 e 24 de Abril, Ourém vai celebrar a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo reconstituindo a Via Sacra no centro histórico de Ourém. Trata-se de um evento grandioso, de grande beleza e profundo significado, tendo como cenário a antiga vila medieval de Ourém com o seu casario e ruas estreitas, a Igreja de Nossa Senhora das Misericórdias, o Castelo e o Paço dos Condes de Ourém.
Para além dos oureenses, é uma ocasião que o centro histórico de Ourém regista a visita de numerosos forasteiros, aproveitando para conhecer uma das vilas mais nobres e históricas de Portugal.


Domingo de Ramos: dia 17 de Abril

15h00: Celebração dos Passos.
Igreja Nª Sr.ª das Misericórdias

18h30: Concerto coral: Grupo Coral do Cercal (Ourém), Chorus Auris (Ourém), Coro Gregoriano da Universidade Sénior de Ourém
Igreja de Nª Srª das Misericórdias

Segunda-feira, dia 18 de Abril

21h00: Celebração Penitencial
Igreja Nª Sr.ª das Misericórdias

Quinta-feira: dia 21 de Abril

20h30: Celebração da Ceia do Senhor, com rito do lava-pés.
Igreja Nª Srª das Misericórdias

Sexta-feira, dia 22 de Abril

09h00: Canto de Laudes

15h00: Via-sacra ao vivo e procissão do Senhor Morto
Igreja Nª Srª das Misericórdias

Sábado Santo, dia 23 de Abril

09h00: Canto de Laudes

22h00: Celebração da solene Vigília Pascal
Igreja Nª Sr.ª das Misericórdias

Domingo de Páscoa, dia 24 de Abril

11h00: Celebração pascal seguida de procissão do Senhor Ressuscitado, com a presença de todas as confrarias da Paróquia d N.Srª das Misericórdias
Igreja Nª Srª das Misericórdias

Fonte: AUREN

sábado, 26 de março de 2011

POR UM TEJO VIVO E NÃO RADIOACTIVO

Na Europa encontram-se em funcionamento um terço das centrais nucleares do mundo (149 - 34%), que produzem uma equivalente proporção da geração da energia eléctrica neste continente (38%) e da produção de energia nuclear mundial (38%), predominantemente localizadas na França, Reino Unido e Alemanha.

O acidente de Fukushima, Japão, veio relembrar que os perigos da energia nuclear na Europa e na península ibérica com diversas organizações portuguesas e espanholas a reclamarem mais uma vez o encerramento de todas as centrais nucleares em Espanha (10 reactores nucleares), que foram construídas apesar das fortes mobilizações antinucleares.

A 15 de Março de 1976, Portugal disse não ao Nuclear em Ferrel, no concelho de Peniche, localidade situada numa zona de sismicidade elevada, graças à população que se insurgiu contra a construção de uma central nuclear na sua terra.

As águas do rio Tejo servem os sistemas de refrigeração das centrais nucleares espanholas de Trillo, através da barragem de La Ermita, e de Almaraz, na albufeira de Arrocampo.

A central nuclear José Cabrera até 2006 também se refrigerava com as suas águas na barragem de Zorita, tendo sido encerrada após 38 anos de actividade.

A central nuclear de Almaraz descarrega as águas de refrigeração dos seus dois reactores no rio Tejo, aumentando a radioactividade artificial do seu leito de acordo com o Instituto Tecnológico e Nuclear, apenas a sete quilómetros do Parque Nacional de Monfrague e a cento e dez quilómetros do Parque Nacional do Tejo Internacional, em território português, locais onde se alimentam as cegonhas negras, as águias imperiais e os abutres negros.

Em Outubro de 2010, realizou-se uma Conferência Internacional de Risco Tecnológico Nuclear que incidiu sobre um cenário de terramoto na zona de Almaraz aportando riscos de acidente nuclear e de inundação que adviria do rebentamento da barragem de Vadecañas e do consequente galgamento da Barragem de Cedilho, provocando inundações desde Vila Velha de Rodão até à Barragem do Fratel, tendo ficado por saber se as barragens de Fratel e Belver aguentariam tais cargas.
Um eventual acidente nuclear levaria a um aumento da contaminação radiológica do rio Tejo entre as barragens do Alto Tejo português cujos efeitos se estenderiam até Lisboa visto que a água e o ar são os melhores condutores de radiação e o rio corre sempre na mesma direcção, para a foz.

Apenas seria possível garantir as medidas de protecção básicas à população como permanecer dentro dos edifícios, fechar todas as portas e janelas, desligar ventilações e lavar com água e sabão as vítimas contaminadas com radioactividade visto que o exército apenas dispunha de material de descontaminação para os seus elementos, motivo pelo qual o simulacro realizado em Novembro apenas testou a resposta da protecção civil aos riscos de inundação.

A inquietação que provoca esta insuficiência de meios de intervenção aumenta devido a outras lacunas, desde a ausência de planos de emergência para as várias cidades e regiões afectadas, apenas elaborados para a região de Castelo Branco, a escassa coordenação entre os organismos responsáveis e até à falta de informação dos cidadãos sobre estes riscos.

A Central de Almaraz iniciou o seu funcionamento em Outubro de 1981 tendo a mesma antiguidade que as centrais recentemente encerradas na Alemanha para avaliar a sua segurança e ponderar a sua continuidade em funcionamento.

Ao invés, o governo espanhol afirmou de forma peremptória que "as centrais em Espanha são seguras" mas "anunciou que vai ser realizada uma revisão dos sistemas em vigor, especialmente para lidar com cenários de catástrofes naturais".

O governo português afirmou que "Portugal estará, pelo menos, tão preparado como o Japão", enquanto o responsável do Comando Distrital de Operações de Socorro de Portalegre afirmou que "uma eventual explosão na central nuclear de Almaraz obrigaria à “progressiva” retirada da população da zona de Portalegre" e que outro passo “seria desenvolver um plano de descontaminação junto das pessoas e das águas do rio Tejo".

Afinal as centrais nucleares espanholas são ou não são seguras?

Existem ou não existem planos de emergência e meios de descontaminação?

Será este o momento de investir seriamente na investigação de energia alternativas e sem riscos para o bem-estar ambiental e humano?

Será que a lamentável tragédia do Japão é suficiente para a consciência de que a energia nuclear não é solução?

A única forma de garantir a segurança das populações é dizer não ao nuclear e optar por energias verdadeiramente limpas e seguras.

Por um Tejo sem radioactividade!

Paulo Constantino

Fonte: proTEJO - Movimento pelo Tejo

Alcácer Quibir

Uma crise política em cima de uma crise financeira poderá empurrar-nos, sem dúvida, para uma crise económica. Saltitando de crise em crise, os nossos políticos, a coberto da sua irresponsabilidade, preparam-se para atacar o que puderem até ficarmos sem nada. Sem tostões, já se sabe, necessários que são para tapar os buracos de milhões que foram semeando. Mas não seremos apenas esportulados dos nossos cabedais. Esta néscia prodigalidade de aventureiros e mentirosos acabará por levar-nos também a esperança e a honra. A esperança, como se diz, é a última a morrer, mas ninguém alguma vez sustentou a sua imortalidade.

Sem honra nem esperança, lá voltaremos ao estado de indigência a que julgávamos não ter de tornar. Hoje, mais do que nunca, está em causa a própria independência de Portugal. Não falo de um conceito clássico ou formal de independência. Abolidas de certo modo as fronteiras (que as tínhamos bem traçadas desde 1249), a noção de independência como que se transmutou. Aconteceu com a soberania o que se passou com a cerveja. Hoje, a nossa independência é, por decorrência de tratados a que o povo português é alheio, mera cerveja sem álcool.

Não quero com esta conclusão questionar o que considero positivo aprofundamento europeu. Quero apenas significar que hoje, e muito por causa desse aprofundamento, as armas que temos para nos defendermos da adversidade da conjuntura são em menor número e com muito mais escasso poder de fogo. Falo, lembro, de independência. Falo da capacidade de regermos, sempre orientados pelo bem comum, o nosso destino colectivo. Acocorados diante dos nossos credores, enganados pelos nossos decisores e esganados pelos nossos prometidos salvadores, seremos tragados em menos de um fósforo.

Penso que só evitaremos este novo Alcácer Quibir se lutarmos, com o que temos, pela nossa independência. Falo, repito, de independência. A identidade, essa marca que nos torna a nós portugueses, para o bem e para o mal, tão diferentes dos outros povos, ninguém a pode alienar. É nossa e inalienável.

Resta-nos, pois, resistir. Neste tórrido deserto em que nos puseram temos de saber reagir. Sobre estas novas areias marroquinas, não podemos usar outras que não sejam as armas que ainda nos restam. A fé e a verdade que enfunaram as nossas velas. A sabedoria e a coragem que nos levaram à Índia. O engenho e a arte que nos fizeram poetas. O orgulho e a diversidade que talharam a lusofonia. São estes os nossos mais preciosos activos. À ameaça dos tostões temos de responder com a força e a determinação dos nossos indómitos corações. Com genuína vontade de varrermos a imundície com que somos confrontados e tomarmos as rédeas do nosso destino. Falam-nos da severidade dos credores. Falemos antes da benignidade dos nossos valores. Os valores de ontem que são também os de sempre. Restauremos a honra da nação. Resgatemos a dignidade do Estado. “Se Deus quiser, há-de brilhar de novo a Coroa sobre as Lusas armas” (Fernando Tavares Rodrigues).

Nuno Pombo

Fonte: Real Associação de Lisboa
Fonte: Família Real Portuguesa

sexta-feira, 25 de março de 2011

A Família Dinástica

Com a vinda a nós do Príncipe D. Afonso de Santa Maria, um inédito, resplendente e fixo clarão jubilosamente iluminou de confiante esperança quantos a aguardavam com fremente ansiedade e fé inabalável.

A multidão imensa, compacta, que no baptizado envolvia a Sé de Braga, estrondeante de entusiasmo, bradando "vivas", agitando bandeiras — flâmulas altas da Restauração — deram a imagem do sentir unânime e do querer do povo português. Digamos que, na ardência vibrante dos clamores, transparecia a vontade democrática dos portugueses.

Deixando para trás um espaço penoso de inquietação e de apreensiva expectativa, o nosso Príncipe veio dissipar as sombras dramáticas de dúvida e de incerteza que nos apoquentavam. Por enquanto no mínimo, eis que se completou a Família Real, sem a qual não teria todo o sentido o pensamento monárquico.

Li, algures num ilustre escritor (Augusto de Castro) que todavia não figura como monárquico, o eloquente comentário: — « O grande privilégio do princípio dinástico, essência da monarquia, é atribuir a uma família, na dignidade como nas grandes provas nacionais, a síntese e os atributos da suprema representação política que a História lhe confere.
A História e a fidelidade à sua missão.»

Em rigorosa verdade doutrinária o Rei é o chefe de Estado pela circunstância de ser chefe da Família Dinástica. Isso o distancia do Presidente vitalício. Muito para além do Estado, existe a Nação com prerrogativas próprias, uma das quais é, necessariamente, a existência de uma chefia nacional. Não a pode exercer um Presidente, pela natureza partidária que a eleição incute.

Só pela sucessão dinástica se concebe o carácter nacional do poder. A diferença de representação entre o Rei e o Presidente está aí, cheia de consequências. Confronta-se entre o Presidente, indivíduo institucionalmente celibatário (pois que a sua família nada significa oficialmente) e a Dinastia cuja história é comum à Nação.

A distinção é evidente a qualquer mediana inteligência, como são visíveis as vantagens nacionais da Realeza. Mencioná-las seria desfiar um sem número de alegações, que perante a escabrosa e péssima política em que se afunda esta 3ª República, vão dia a dia adquirindo mais ingente importância. Num ponto, apenas, desejamos parar. Com um Presidente a República conta com um indivíduo apenas, improvisado em funções, partidário e sem significativos relacionamentos internacionais. Com a Dinastia, a República conta uma Família, toda ela especializada no ofício (Rei - Rainha, Príncipe, Infantes) e relacionados por laços de sangue com outras famílias reinantes. Num e noutro caso bem se vê que as possibilidades de servir a Pátria são incomparáveis. E todavia o superior préstimo da Família Real sai mais económico ao País.

De facto no continente europeu todas as Casas Reais se sustentam com votações orçamentais inferiores à votação atribuída à Presidência da República portuguesa.

No ponto de vista económico tenha-se ainda presente que as eleições periódicas à chefia do Estado tornam-se encargos muito pesados para o país que, por ser pobre, não pode dar-se ao luxo de gastar superfluamente em obediência a idealismos retrógrados.

Não seja esquecido que a regra da hereditariedade monárquica — digamo-lo sempre! — foi uma opção histórica em face dos prejuízos eleitoralistas verificados nas repúblicas primitivas. Da primeira fase de Presidências vitalícias, e dadas as perturbações, por vezes graves, da disputa à sucessão electiva passou-se à sucessão hereditária nas primeiras repúblicas.

A hereditariedade monárquica teve, assim, na origem republicana por emenda ao comprovado e nefasto erro dos repetidos actos eleitorais. Aliás a teoria votista de escolher entre todos os cidadãos "o melhor" é uma fantasia que já não ilude ninguém.

Concebe-se a eleição de "chefe" em nacionalidades em formação, ou em decadência. Não se concebe em nações antigas de uma forte expressão histórica, que cumpre respeitar. Está aí, clarividentemente, o lugar da Família Dinástica.

Mário Saraiva

(In Consciência Nacional, nº 190, 25º Ano, Jun/Jul 1996, pp. 1-2.)

Fonte: Unica Semper Avis

15º ANIVERSÁRIO DE S.A.R., O PRÍNCIPE DA BEIRA

Dom Afonso de Santa Maria Miguel Gabriel Rafael de Herédia de Bragança, filho primogénito de SS.AA.RR., Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança e de Dona Isabel de Herédia de Bragança, Duquesa de Bragança, nasceu numa segunda feira, 25 de Março de 1996, às 7h38 da manhã, no Hospital da Cruz Vermelha , em Lisboa. Ostenta os títulos de Príncipe da Beira e Duque de Barcelos.

S.A.R., D. Afonso de Bragança, ao celebrar neste dia 25 de Março o seu aniversário, enche o coração de Portugal de esperança, de alegria e de confiança num futuro risonho e promissor pela qual todos nós Portugueses sonhamos.

Sua Alteza Real, muitos parabéns, desejando-lhe toda a "felicidade do mundo", Saúde, Paz, Harmonia e muito Amor com toda a Nossa Querida Família Real, no mais belo exemplo de União e Tradição.

VIVA SUA ALTEZA REAL DOM AFONSO, O PRÍNCIPE DA BEIRA!

quinta-feira, 24 de março de 2011

S.A.R., DOM DUARTE APONTA SOLUÇÕES PARA PORTUGAL SAIR DA CRISE

Diário de Notícias de 23-03-2011

Como é que o País chegou a este estado?

A causa reside no modelo errado de desenvolvimento gastando fundos europeus em grandes obras publicas e estimulando o consumismo em vez de desenvolver educação e formação técnica e as capacidades agrícola e industrial.
Desse modo os Portugueses enriqueceriam de modo sustentável em vez de se endividarem. Se o próprio Estado é incoerente, não favorecendo a produção nacional quem acreditará nele?
Por exemplo, hospitais novos foram equipados geralmente com cerâmicas importadas. As famílias esquecem-se de que ao não preferirem os nossos produtos põem em risco os empregos da própria família.


Como sairemos desta situação?

Em várias ocasiões muito graves da nossa História o povo Português provou ser capaz de ultrapassar todos os obstáculos. Para isso, precisou de acreditar nos governantes, de uma politica de verdade e de ver nos governantes coerência e honestidade para perceber que valia a pena aceitar sacrifícios necessários. Os governantes não podem continuar a desperdiçar o nosso dinheiro com obras publicas inúteis e em inúmeros institutos públicos de utilidade duvidosa. Não duvido que alguns sejam muito úteis e sei que o Governo acaba de reduzir o seu número, mas estou certo de que ainda se pode poupar muito sem ter de cortar nas reformas e asfixiar a economia com impostos excessivos, que diminuem a nossa competitividade internacional. - Dom Duarte de Bragança

Fonte: Família Real Portuguesa

Uma faceta menos conhecida de D. Carlos

23 de Março, 2011
A Torre do Tombo mostra uma das facetas menos conhecidas do Rei D. Carlos, a de fotógrafo, numa exposição que é hoje inaugurada e que exibe pela primeira vez documentos do Arquivo da Casa Real.

D. Carlos I, fotógrafo amador é o título da exposição que apresenta 46 fotografias em reprodução digital, obtidas a partir dos originais da época, a maioria assinadas e legendadas pelo soberano, e integra ainda fotografias feitas pela rainha D. Amélia e pelos príncipes D. Luís Filipe e D. Manuel.

«Esta é uma faceta que é muito pouco conhecida de D. Carlos, apesar de se saber que o Rei era um interessado na fotografia», disse à Lusa o director da Torre de Tombo, Silvestre Lacerda.

«Estas imagens eram muito pouco conhecidas e têm a particularidade de todas estarem assinadas pelo Rei à excepção de umas dez», acrescentou.

As excepções são fotografias realizadas por D. Amélia (três), D. Luís Filipe (quatro) e D. Manuel (três).

«É curioso notar que outros membros da família real faziam fotografia», sublinhou o responsável.

As 46 imagens que constituem a exposição pertencem ao arquivo da Fundação da Casa de Bragança e mostram as campanhas oceanográficas do monarca, touradas de canastra, regatas em Paços de Arcos, a armação do atum no Algarve, e membros da família real.

Um dos interesses desta exposição de fotografia que esteve patente no verão passado no Paço Ducal de Vila Viçosa «é que se percebe perfeitamente que a fotografia serviu de apoio à pintura de D. Carlos», como faziam na Europa do tempo outros pintores.

Neste contexto surgem assim fotografias dos banhos em Cascais, da pesca do atum e do iate Amélia.

«Há um aspecto muito curioso que se nota que são as experiências pela mão do Rei, particularmente nas platinotypias (processo fotográfico antigo), que é o tempo da exposição utilizado para a realização das provas e quais os químicos usados, o que era na altura um segredo», salientou.

Segredos que a ciência também já desvendou relativamente a fotógrafos prestigiados da época como Carlos Relvas e a Martins Sarmento, referiu Silvestre Lacerda.

Segundo o director da Torre da Tombo, «demonstra-se também que o Rei estava a par em termos sociais daquilo que se fazia e daquilo que eram as inovações a diferentes níveis».

Relacionado com as fotografias será exibido o documentário D. Carlos, Oceanógrafo (1997), de Jorge Marecos Duarte e Sérgio Tréfaut, com narração, Luís Miguel Cintra, que utiliza fotografias tiradas pelo Rei.

Na área documental entre outros, será mostrado pela primeira vez ao público o pergaminho de 60X80cm relativo ao auto de juramento da Constituição de D. Carlos, assinado em Cortes por todos os dignitários.

Outro documento interessante é a certidão de nascimento de D. Carlos, mas sem o nome do recém-nascido ainda, e o contrato de casamento celebrado com a princesa Amélia de Orleães.

Segundo o responsável, com esta mostra, procura-se «estabelecer uma ponte entre a arte fotográfica praticada pelo soberano e o testemunho da sua própria vida e do seu tempo».

A exposição D. Carlos I, fotógrafo amador é inaugurada hoje às 18h pelo secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, na Torre do Tombo, na Cidade Universitária, em Lisboa, e estará patente até 12 de Julho.

Fonte:
SOL

quarta-feira, 23 de março de 2011

Crise – Quando um Rei pode ser muito mais do que o Presidente da República com o PEC

Durante um ano e meio assistimos primeiro a uma guerra de ping-pong entre o Governo e o Presidente Cavaco Silva, se inicialmente com Manuela Ferreira Leite era mais uma frente aberta contra o Governo acabou rapidamente a Primavera do PSD as coisas começaram a ficar piores depois da apresentação do PEC III já com Passos Coelho como presidente do PSD.
Assistimos a um infindável leque de escândalos de um dos lados como Freeport, Face Oculta, Canudos e do outro lado BPN’s, Escutas a Belém, vimos uma convergência institucional virada de costas para o Povo e para o País.
Agora com a forma como o PEC IV surgiu nos radares da política nacional viu-se o mais podre a vir ao de cima de ambas as trincheiras, Cavaco Silva não foi informado do PEC IV e mais um ping pongue diário entre direções do PS e PSD … e em Belém um silêncio profundo.
Sim Cavaco Silva perante uma crise profunda, catastrófica o que diz ? o que faz ? Onde está o papel de mediador da figura de Presidente da República ? Perante tudo Cavaco Silva está calado ? Onde está o supremo interesse nacional ?
Claro que todos nós sabemos que estaria sempre calado Cavaco Silva, ex-Ministro das Finanças do Governo PSD de Sá Carneiro, ex-líder do PSD de 1985 a 1995, ex-candidato à Presidência da República apoiado pelo PSD e pelo CDS. Sabíamos que o cargo de Presidente da República de imparcial não tem nada, agora com o risco de irmos para eleições corremos o risco de não haver um governo com maioria absoluta e perguntamos como ficará o País ? Será que a sede de vingança do despedimento de Santana Lopes por Sampaio é mais importante do que o País ? O poder a todo o custo ?
Na Bélgica o Rei não tem condicionantes partidárias, não tem telhados de vidro por causa do passado político, não está refém de eleições. Na Bélgica a pesar da Crise política que já dura à bastante tempo é o Rei que procura consensos, é o Rei que luta pela unidade nacional … temos visto isto da parte do Presidente da República Portuguesa ? Com um Rei, Portugal teria garantias de uma maior imparcialidade institucional da parte da Chefia de Estado, teríamos a certeza de o Chefe de Estado não seria uma das partes. No fim quem fica a perder é o Povo, não se admirem que a abstenção bata recordes nas próximas eleições.

Rui Monteiro

Fonte: Causa Monárquica

Ética republicana / Ética monárquica

(...) Quando, por exemplo, o Ministério da Justiça paga 72.000 euros a uma procuradora do Ministério Público contra o parecer da PGR e de um antigo secretário de Estado- o antecessor daquele que assinou-, levanta-se uma suspeita séria e legítima. Se a procuradora em causa fosse a mulher de um ministro japonês, este demitia-se imediatamente. Sendo a mulher do ministro português da Justiça abre-se um inquérito, o qual há-de apurar certamente que tudo se passou dentro da mais estrita legalidade.
É a isto que se chama ética republicana, muito diferente da ética no Japão que, como se sabe, é uma monarquia.

- Fernando Madrinha, no Expresso do passado sábado.

Fonte: Centenário da República

MENSAGEM DE S.A.R., DOM DUARTE ENVIADA À BANDA DA COVILHÃ POR NÃO PODER ESTAR PRESENTE NO CONCERTO REAL

Uma Igreja repleta foi a bonita moldura humana que assistiu ao V Concerto de Primavera pela Banda da Covilhã. Uma tarde primaveril com um sol radioso e uma temperatura convidativa levou centenas de covilhanenses, e não só, ao centro histórico da cidade, e em particular à bonita Igreja de S. Francisco que foi pequena, tal foi a afluência de público ao concerto.

Endereçado o convite ao Duque de Bragança, Dom Duarte de Bragança, e não podendo estar presente, o concerto teve início com a leitura de uma mensagem enviada para o efeito:

"Não me sendo possível aceitar o vosso tão simpático convite para estar na Covilhã no dia 20 de Março, mando-vos os meus mais sinceros votos de sucesso para a vossa tão interessante iniciativa! Há muito que tenho acompanhado, com alegria e admiração, a importância que a música de qualidade vem assumindo na vossa cidade. É fundamental dar à juventude a possibilidade de aprender a gostar de música, não tanto por considerações de ordem cultural, mas, sobretudo, pela influência que esta tem no desenvolvimento da nossa inteligência.
Com os meus melhores agradecimentos,
Dom Duarte, Duque de Bragança"


E logo os primeiros acordes se fizerem ouvir pelos mais novos. A Orquestra Juvenil “O Pautinha” da Escola de Música, Valores e Talentos da Banda da Covilhã pela Direcção Musical de Alain Rosa que interpretou dois temas: “Opening Move” de Patrick Verhaegen e “Excalibur” de James Swearingen. (...)

Fonte: Família Real Portuguesa

terça-feira, 22 de março de 2011

Novo blogue monárquico

ENCONTROS PORTUGAL: A CULTURA É A SOLUÇÃO DE PORTUGAL

S.A.R., A SENHORA DONA ISABEL DE BRAGANÇA, MARCOU PRESENÇA NA PROCISSÃO DO SENHOR DOS PASSOS DA GRAÇA

Cerca de trezentas pessoas participaram na procissão do Senhor dos Passos da Graça, em Lisboa, a mais antiga do país, que se realiza desde 1587. S.A.R., Dona Isabel de Bragança, Mulher de S.A.R., Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, esteve presente.
Um dos momentos mais marcantes do cortejo é o encontro de Jesus Cristo com sua mãe, que representa a quarta estação da Via Sacra. Ao longo do percurso, centenas de pessoas demonstravam a sua fé, rezando o terço.
Esta é a mais antiga procissão do país e foi instituída em 1587 por Luís Álvares de Andrade, fundador da Real Irmandade da Santa Cruz e Passos da Graça. Segundo António Stichini, tesoureiro, “esta procissão nunca deixou de se realizar, até após os tempos mais conturbados como a implantação da república”.
A presença de S.A.R., Dona Isabel de Bragança, explicou, fica a dever-se à forte ligação à Casa Real. “Desde sempre, a Família Real demonstrou uma grande devoção a esta procissão”, acrescentou António Stichini.

S.A.R., A Senhora Dona Isabel de Bragança com Luís Lavradio, Vice-Presidente da Causa Real


A Senhora Duquesa de Bragança com Francisco de Mendia

Fonte: Família Real Portuguesa

segunda-feira, 21 de março de 2011

Acreditar na mudança, através de quem nos afundou? Acreditar numa austeridade imposta e sem objectivos? Que sugestão política mais incongruente…

Aos portugueses é imposto um caminho de sacrifícios, que lhes são exigidos sem uma justificação fundamentada, sem uma clarificação dos resultados e dos objectivos.
Para quê? Esta a questão que se generaliza e revolta. Logo surge a resposta fácil e concreta… manter um Estado com uma obesidade extrema e insustentável, pleno de privilégios atribuídos às militâncias partidárias, sem a capacidade, sequer preocupação, de demonstrar a sua utilidade e interesse de bem servir.
Sufoca-se a sociedade com impostos, que afectam direitos e rendimentos das famílias, que trava o desenvolvimento económico e simultaneamente perante a desmotivação, descontentamento, indignação e revolta, fazem-se apelos de mobilização nacionais.
A incongruência ultrapassa o limite do razoável e demonstra à evidência o desnorte total de uma desgovernação, que teima em prosseguir um rumo de gestão corrente, sem projecto político, sem doutrina ou ideologia.
Portugal não tem motivação para ultrapassar a grave crise política, financeira, social e económica, porque os portugueses são desrespeitados e os actuais partidos dominantes são incapazes de apresentar o seu rumo de referência política, social e económica, porque não têm um projecto de futuro para o país.
Sacrifícios sem objectivos, sem metas, sem a clarificação dos seus resultados, sem um projecto de reformas exigíveis.
A questão não é apenas de não termos líderes políticos à altura, mas de termos um sistema político muito doente, incapaz de gerar lideranças e projectos, merecedores da confiança dos portugueses e capazes de gerar o entusiasmo colectivo.
Não haverá, nem nunca houve projecto de qualidade sem confiança e entusiasmo.
Se queremos salvar Portugal, se queremos ter futuro autónomo, se queremos preservar a nossa dignidade e os nossos direitos e liberdades, termos de ser capazes de fazer a ruptura com o sistema actual e exigir a indispensável mudança.
Insistem os responsáveis políticos pelo desastre nacional, em tentar convencer os portugueses que através deles será possível a regeneração do sonho de liberdade e de bem-estar. Já não acreditam nessa panaceia a maioria dos portugueses…muitos ainda se deixarão embalar nesta triste e agónica canção dos partidos dominantes, porque não visionam alternativas, outros porque acreditam na sua ingenuidade que basta mudar lideranças em partidos para gerar mudanças…mas a verdade é que nestas crenças, também já não existe a convicção mobilizadora.
A mudança do regime e sistema político é inevitável, para a regeneração de Portugal…aos mais conscientes exige-se neste momento histórico decisivo, o protagonismo empenhado, que mobilizará a vontade colectiva.
A palavra é dos inconformados, o futuro de Portugal está nas suas mãos e na sua atitude patriótica.
Exige-se uma nova ideologia mobilizadora, que ultrapasse definitivamente os complexos e as marcas divisionistas das doutrinas ideológicas do passado e origine um projecto político nacional.
Humanismo e Patriotismo.
Portugal é uma potência Universalista.
A lusofonia é um património histórico, cultural e económico.
O nosso património humano, cultural, territorial e marítimo, representa uma enorme potencialidade, que não pode continuar ser desprezado, mas sim integrado no nosso projecto de futuro.
Acreditar na nossa diferenciação, como povo, como Nação…nascemos livres e livres haveremos de continuar a ser… a liberdade é o nosso primeiro valor individual e colectivo.
Acreditar, foi o sentido inicial da nacionalidade, como será sempre o sentido do nosso futuro.
Acreditar nos portugueses, acreditar em Portugal.

José J. Lima Monteiro Andrade

Fonte: Desafio de Mudança

domingo, 20 de março de 2011

"Não era bonito Portugal ter um rei?"

Eugénia Carvalho
100 anos

«DELICADA. Nunca perde de mão o lencinho com que seca o suor nervoso de falar com a jornalista. Ri-se muito entre o solta e o tímida. Mulher de fé, era uma operária (...). Não passa sem o seu copo de água morna com limão em jejum e assume-se monárquica: "Não era bonito Portugal ter um rei?"
(...)
Eugénia Carvalho também encontrou o seu porto seguro na casa acolhedora que divide com a filha, septuagenária. Tem cem anos e quatro meses e diz a rir que está "cada vez mais nova!" Amigas, mãe e filha tratam-se por tu. Nasceu em Celorico de Bastos, perdeu o pai tinha 18 meses. A mãe morreu com 89 anos. "Muito caprichosa com o trabalho doméstico", recorda que cantava quando tratava de tudo. Em menina, não lembra de brincar, mas "de aprender a costura". Namorou por carta e garante que nunca discutiu com o marido. Teve três filhos, em casa, um já faleceu. Tem 10 netos e 15 bisnetos, o mais pequenino com sete meses.
Trabalhou como costureira, fazia roupa de homem para as lojas. Sempre comeu de tudo, nunca fez nenhum exercício especial, para além da lida doméstica e da luta da vida. Os filhos nasceram em casa. Nunca foi ao médico, quando era nova. Comeu sempre muito arroz porque o marido gostava. Também nunca faltou "a sopinha de legumes". Dorme no primeiro andar e sobe as escadas sozinha. Só não vai à igreja todos os dias porque não tem boleia. Assume-se monárquica, embora tenha nascido no dia da implantação da República. E diz: "Estou feliz, não tenho queixas. Vivi sempre satisfeita."»

in Revista Única, 12/03/2011, págs. 55-56 (artigo: Eles estão para lá dos 100!).

Fonte: A Incúria da Loja

sexta-feira, 18 de março de 2011

Uma questão falseada

A temática política do século XIX, muito nefasta em vários aspectos, inventou o antagonismo, Monarquia-República, tão infundamentado como pernicioso, e que a incompreensão contemporânea ainda vem a sustentar. Ilusório antagonismo que talvez só por si tenha sido o causador de dramáticos acontecimentos na vida nacional.

Em rigor, Monarquia e República não têm significados opostos e nem sequer são inconciliáveis. De acordo com os conceitos tradicionais, precisamente a República existia dentro da Monarquia; fazia parte dela.

República (Res publica - a Coisa pública - a Coisa do Povo) tem um sentido definido que a etimologia própria e o seu uso histórico não permitem confundir. Apenas que a República tinha então por regedor e defensor um Monarca. Lembremo-lo no caso de algumas demonstrativas citações.

Na Crónica del-Rei D. Fernando diz Duarte Nunes de Leão: «... em cortes q para isso ajuntou fez algüas leis mui utiles aa republica, & naquelles tempos mui necessárias.»

Damião de Góis põe na voz de D. Afonso V, ao armar cavaleiro seu filho D. João após a conquista de Arzila, as seguintes palavras: «... he bem q saibais q cavallaria há virtude misturada cõ poder hõrroso, segundo natureza mui necessário pera cõ elle poer paz na terra, quãdo cobiça ou tyrania, com desejo de regnar, inquietã hos Regnos, respublicas & pessoas particulares.»

O próprio D. João II, numa notável carta ao rei de França, abria-a com estas judiciosas considerações: «obrigação é do bom Príncipe e prudente, não somente galardoar seus vassalos com honras, cargos e dignidades merecidas, mas castigar com rigor, severidade e justiça aos que são prejudiciais em sua república, para que os bons com o exemplo do prémio sejam melhores e os maus ou com castigo se emendem, ou com as maldades pereçam.»

Nos Apontamentos dos Prelados tomados um ano depois das Cortes de 1582, expunha-se: «Porque he em tão grande damno deste Reyno, e prejuizo da Republica fazerem-se tantas uniões, annexações, desmembrações perpetuas como se fazem,. ..»

D. Sebastião escreveu numa das Máximas que traçou para orientação do seu reinado: «Gavar os homens, e cavalleiros que tiveram bons procedimentos, diante de gente, e os que tiverem préstimo para a República e mostrar aborrecimento às cousas a ella prejudicaes.»

Em Junho de 1580 a Faculdade de Teologia de Alcalá, consultada por Filipe II sobre a sucessão ao trono de Portugal, pronunciava-se nos seguintes termos: «si alguno opusiesse que la republica de Portugal és perfecta. ..»

Na Justa Aclamação exarou o Doutor Vaz de Gouveia: «O poder dos reis está originariamente nos povos e nas repúblicas, que delas o recebem por forma imediata.»

Depois da Restauração é, por exemplo, D. Luísa de Gusmão, regente, a usar a costumada forma: «Hei por serviço ,de Deus e meu, e beneficio da Republica.»

Julgamos desnecessário alongar, através dos tempos, as citações comprovativas.

A quem tenha lido alguns textos da história a palavra República não choca os sentimentos realistas que possua, antes surpreende que esta se tenha arvorado em contraposição ao de Monarquia, e que não houvesse protesto contra tal equívoco antes de ele começar a fazer carreira.

Aí pelos anos vinte António Sardinha ainda achou oportunidade de afirmar: «o adjectivo republicano pode caber-nos, na verdade, desde que lhe precisemos o sentido.» Igual ,pensamento exprimira Maurras: «a palavra República tem um sentido razoável, mesmo depois do restabelecimento da Monarquia ela poderá continuar a usar-se na interpretação que indicava o âmbito dos negócios públicos.»

Mais nos nossos dias depõe o mestre integralista há pouco falecido - Pequito Rebello: «Chame a República o Rei e com isso não se suicide! Porque - e por Deus atentai que isto é uma verdade profunda - a Monarquia é também uma República. Quero eu dizer que na Monarquia, além do seu automatismo que naturalmente assegura o interesse nacional pelo órgão dinástico - e no que é propriamente Monarquia - pode nela também haver o livre esforço cívico de cada um dos portugueses para aperfeiçoar ao máximo a vida social no sentido do bem comum.»

Pequito Rebello termina assim o seu apelo: «Essa Monarquia nova seria o verdadeiro Portugal. E continuaria sempre a presidir-lhe o lema antigo: Glória de Deus! Serviço do Rei! Bem da República!»

Concluindo podemos assentar em que a diferença entre um soi-disant republicano e um de nós é fundamentalmente esta: ele quer para a República um Presidente periodicamente eleito; nós queremos que a República remate pela chefatura dinástica de um Rei.

Não cabem aqui os argumentos de uma e de outra opção, e talvez até sejam dispensáveis ante a desastrosa experiência de mais esta desordenada e conturbada República de Presidentes, que arruina o país, depois de ter desfeito a Nação.

Do Governo da República pelo Rei é o título feliz e sugestivo de um livro escrito em 1496, dedicado ao futuro D. Manuel I. Pensemos no que este título diz e fiquemos nisto: à República Portuguesa todos pertencemos hoje, como pertenceram os nossos antepassados no antigo reino de Portugal. Simplesmente uns são presidentistas, enquanto que nós outros somos realistas.

Mas precisemos um pouco as ideias.

Se o ofício real é, sobretudo, o de reger e coordenar a administração da República em vista ao bem comum em harmonia social, tal função pressupõe uma república ordenada e orientada nesse mesmo sentido do interesse da comunidade nacional. República não corresponde obrigatoriamente a democratismo.

É de excluir, portanto, a hipótese de um género de regime republicano desordenado, conflituoso e desastroso como o de 1910-26, ou como o actual, legítimo sucessor e cópia fiel daquele.

Tendo estas duas Repúblicas como fundamento o exclusivismo partidocrático originário de uma luta constante, inspirada pode dizer-se que apenas pela ambição do Poder, e resultante numa instabilidade governativa impeditiva de um bom governo, não se coadunariam com a função da Realeza.

Há-de ver-se também que o exercício da Realeza se não conforma com um regime autocrático como o foi o da 2ª República.

O Rei é por dever e por conveniência própria - isto é muito importante - o garante das liberdades do seu Povo. Daí que não possa tolerar autocracias sempre negadoras dessas liberdades populares. E dizemos liberdades populares, mas não arruaceiras, criminosas, ilegais. Mas sim liberdades do Povo organizado através das suas associações representativas, que são os organismos vitais da sociedade, isto é numa representação autêntica do país que trabalha, que pensa, que quer a tranquilidade justa e necessária ao progresso e ao bem-estar de todos. É aí que se encontra o lugar dos «Corpos Intermédios» que são o meio de defesa das pessoas perante os órgãos superiores do Estado.

Como a República, para merecer o adjectivo de nacional, não pode limitar-se a olhar só ao presente, mas tem de prover ao futuro, só pode encontrar no Rei dinástico, dada a vitaliciedade de funções e a sucessão hereditária, a chefatura coerente.

Diremos que para uma má República, qualquer Presidente de facção está conforme; que para uma boa República é o Rei o magistrado indicado, porque alia à chefia do Estado a representação da Nação na sucessão do tempo.

(In Mário Saraiva, Sob o Nevoeiro, Lisboa, 1987)

Fonte: Unica Semper Avis

CRIME!!!

O Estado português continua empenhado em desmantelar o património herdado da Monarquia Portuguesa com o horroroso caixote deste arquitecto brasileiro!!!

Dinheiro que devia ser utilizado para a manutenção de tantos monumentos históricos em ruínas!!!

É um crime meterem os Coches numa caixa de vidro! Prefiro um museu do que mais um condominio fechado a RIR-SE de quem só tem dinheiro para olhar (enquanto não tivermos também de pagar para isso).

Realizar um projecto destes sem concurso público e sem consultar as populações é digno de uma República Africana das Bananas!!!

Maria Menezes

Fonte: Família Real Portuguesa

quinta-feira, 17 de março de 2011

Sócrates ultrapassará a actual situação política e vencerá…só o povo português o poderá derrotar.

O senhor Presidente da República, lançou há uns meses a despropositada mensagem de que eleições antecipadas, seriam uma bomba atómica política.
Sócrates, agradeceu esta mensagem e a garantia que ela representava…a tal ponto, que já não teve pudor de trazer agora à luz do dia, todos os seus tiques anti-democráticos.
Eleições uma bomba atómica? Este é o reconhecimento público de que o sistema não tem como premissa essencial ser uma democracia…um governo do povo, para o povo.
Estes dois protagonistas do actual momento político, revelam assim o seu temor pela discussão pública da verdade, em período eleitoral…eles pretendem apenas preservar a mentira em que ambos foram coniventes, retirando dos portugueses a capacidade de exigirem, decidirem e optarem.
A democracia está paralisada pelo compromisso de mentira, destes nossos protagonistas políticos.
Cavaco Silva, desconhecia em Outubro de 2009, a gravidade da situação financeira nacional? Se não sabia, estamos perante um economista de terceira e um político medíocre, se sabia, porque deu posse a um Governo minoritário?
Sócrates, que anunciava nessa campanha eleitoral o paraíso aos portugueses, sabia ou não qual era essa situação? Será que é apenas inconsciente?
Não creio, apesar de também o ser. Ele é sobretudo um manipulador da mentira.
Agora Sócrates, arroga-se ao desassombro de apresentar em Bruxelas um quarto plano de austeridade e sacrifícios, sem sequer ter o respeito mínimo de informar os portugueses, o PR, os parceiros sociais e imagine-se, os próprios outros membros do Governo.
Desassombro ditaturial, que é uma consequência natural da permissividade política, que a atitude Presidencial lhe proporciona.
A chantagem é evidente…Portugal precisa do apoio que lhe oferece a União Europeia e em particular a Chanceler Merkel… ou este apoio ou a desgraça.
Sócrates afirma com todo o despudor… eu apenas cumpro a minha responsabilidade de tomar as medidas difíceis (que muito me custam), mas que são essenciais ao país e que se forem adiadas, serão bem mais graves.
Sócrates, não só não admite quaisquer responsabilidades, como construtor do drama financeiro onde nos enfiou, como pelo contrário, sabe que tem o ambiente político favorável, para impor a sua determinação…Cavaco é um fraco, o líder da oposição um inexperiente, que terá de voltar a pedir desculpas aos portugueses.
A seu favor saltam os mais acreditados “fazedores de opinião”… Marcelo Rebelo de Sousa, veio hoje afirmar que o futuro terá de passar por um acordo PS/PSD.
Esta tese associada à da necessária estabilidade política, é o conforto de Sócrates e o descanso para Cavaco, pois dispensa a consulta eleitoral, por desnecessária e perigosa.
Acreditar que o PSD, vai resistir a todas a pressões internas e externas, é uma ingenuidade.
Cavaco já anunciou que só intervirá se houver crise institucional…ou seja não demitirá Sócrates, nem dissolverá a Assembleia…dará um jeitinho dentro do seu partido para que essa crise nunca venha a acontecer.
A solução passa assim por matar politicamente o actual líder do PSD, que obviamente já não terá condições para voltar a pedir desculpas aos portugueses.
Sócrates vencerá em toda a linha, esta aparente crise política.
Só o povo português o poderá derrotar. Terá de o fazer, pois trata-se da verdadeira exigência nacional.

José J. Lima Monteiro Andrade

Fonte: Desafio de Mudança

Exposição "D. CARLOS I, FOTÓGRAFO AMADOR"